Uma das maneiras para proteger o capital é diversificar os ativos de modo que caso um deles colapse todas as suas economias não vão junto. Outra maneira é, como não se vive de mercado financeiro, as chances de fazer um investimento que o retorno fique aquém do esperado é real, então opta-se por "não por todos os ovos na mesma cesta".
Diversificar é investir em uma gama de ativos diferentes, claro, que diversificar muito vai fazer com que tenhamos, além de uma dor de cabeça para gerenciar todos os ativos, um resultado minguado, pois a pulverização do capital fará com que uma pequena parte dele suba quando o ativo estiver se valorizando.
O melhor é diversificar, mas fazer isso com temperança, procurando ativos que tenham características diferentes, mas ao mesmo tempo que a carteira nos dê segurança, nos dê os retornos esperados.
Uma das características que pesa para se ter uma carteira que corresponda aos nossos anseios é disciplina. Esta pesa principalmente para quem não tem tempo para acompanhar diariamente as oscilações da bolsa de valores ou simplesmente não quer.
Manter a disciplina exige esforço. Proteger seu patrimônio da inflação exige esforço. Aprender a selecionar os melhores investimentos exige esforço. Contudo, está arraigado nas entranhas dos brasileiros que tudo que exige esforço não vale a pena. Aqui, mostraremos umas das estratégias de alocação de ativos que nos permite criar a disciplina necessária para que possamos aos poucos atingir os objetivos e ampliar o conhecimento. Se aplicada de forma correta, esta técnica com o passar do tempo deve ser adaptada ao perfil individual do investidor.
A estratégia é dividir o capital entre dois ativos que têm comportamentos diferentes. Por isso, iremos escolher um ativo de renda fixa, tesouro direto, e outro de renda variável, ações.
Os percentuais da divisão devem seguir o seu perfil de risco, adotaremos 50% para cada um.
50% - compra-se de títulos do tesouro direto 50% - uma cesta de ações ou ETF (fundo que replica o desempenho de um índice de ações)
A gestão se dará da seguinte forma: toda a vez que um dos ativos variar 20% faremos o rebalanceamento da carteira, comprando ou vendendo para mantermos a divisão em 50-50, ou seja, se as ações subirem e representarem 60% venderemos os 10% excedentes - a elevação de cinquenta para sessenta representa 20% percentualmente. Por outro lado, se elas caírem para uma fatia de 40% compraremos ações.
Primordialmente, esta estratégia garante que compremos os ativos na baixa e os venda na alta. Além disso, não há necessidade de acompanhar a carteira diariamente, fazendo isso uma vez por semana já seria o suficiente.
Por fim, o que mais chama a atenção neste tipo de gestão é a simplicidade. A tomada de decisão é feita seguindo uma regra e não uma emoção de momento. Pode-se, seguindo esta regra, aos poucos adotar a disciplina necessária para assegurar nosso patrimônio.