Os eventos conectados ao Coronavírus e sinais de menor intensidade no crescimento econômico em diversas localidades começam a dar o tom das tensões caudais se elevando no mundo, ainda que não estejam conectados (ainda).
No Japão, o decréscimo de 6,3% do PIB teve um fator gerador específico, porém dá o tom da sensibilidade de diversas economias, em especial às centrais. A adoção de um imposto sobre vendas atingiu diretamente o consumo privado e levou à contração observada.
Este é um dos mais fortes reveses do mandato de Abe, principalmente após a série de críticas pela adoção do imposto, o qual trouxe à tona um dos principais elementos da curva de Laffer e tende a forçar o governo japonês a adotar medidas de estímulo econômico, em uma das economias mais endividadas do mundo.
Outro ponto importante é o estado da economia alemã, a qual teima em não surtir resultados positivos, a exceção do setor de construção, e pode demandar ações de cunho fiscal por parte do governo.
Com um dos fiscais melhores ajustados do mundo, a pressão sob o governo para a criação de estímulos cresce a cada dia.
Estes problemas regionais e os efeitos caudais do vírus na China podem levar a uma série intensa de estímulos econômicos em nível global (novamente) e cada vez mais o caráter fiscal é abandonado pelas autoridades, em especial de economias centrais.
A semana anterior foi marcada por uma série de indicadores de atividade econômica e pela ata do COPOM, a qual desagradou a muitos no mercado ao confirmar um posicionamento de cautela da autoridade monetária, para observar os efeitos da política monetária até agora adotada.
Muitos queriam a “porta entreaberta”.
Esta semana, além do feriado hoje nos EUA, conta com inflações no Brasil, em especial o IPCA-15, setor externo, CAGED e arrecadação de impostos. No exterior, as atas do FOMC e BCE, além de inflações nos EUA, Zona do Euro e Reino Unido e mercado imobiliário americano.
A temporada de balanços local se intensifica e perde ímpeto no exterior.
Os EUA têm também as primárias democratas em Nevada.
Atenção aos balanços de BHP Billiton, Deutsche Börse e Bridgestone.
Localmente, Banco Pine, CESP, Cosan Logistica e Multiplan.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, observação ao Coronavírus e balanços corporativos.
Na Ásia, dia positivo, exceção ao Nikkei, com a forte queda do PIB japonês.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries não operam devido ao feriado de Washington.
Entre as commodities metálicas, altas concisas, com exceção ao ouro.
O petróleo abre sem rumo, com temores do impacto do Coronavírus.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -3,32%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,292 / -1,44 %
Euro / Dólar : US$ 1,08 / 0,129%
Dólar / Yen : ¥ 109,86 / -0,082%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / -0,023%
Dólar Fut. (1 m) : 4306,15 / -0,89 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 4,73 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 5,27 % aa (-2,59%)
DI - Janeiro 25: 5,96 % aa (-1,97%)
DI - Janeiro 27: 6,33 % aa (-1,71%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,1081% / 114.381 pontos
Dow Jones: -0,0857% / 29.398 pontos
Nasdaq: 0,1978% / 9.731 pontos
Nikkei: -0,69% / 23.523 pontos
Hang Seng: 0,52% / 27.960 pontos
ASX 200: -0,07% / 7.125 pontos
ABERTURA
DAX: 0,188% / 13770,04 pontos
CAC 40: 0,125% / 6076,92 pontos
FTSE: 0,272% / 7429,31 pontos
Ibov. Fut.: -1,10% / 115021,00 pontos
S&P Fut.: 0,225% / 3389,30 pontos
Nasdaq Fut.: 0,397% / 9675,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,09% / 75,38 ptos
Petróleo WTI: 0,02% / $52,13
Petróleo Brent: -0,23% / $57,29
Ouro: -0,21% / $1.580,48
Minério de Ferro: -0,33% / $84,86
Soja: -0,28% /$ 893,75
Milho: -0,46% / $377,75
Café: 4,45% / $109,10
Açúcar: -0,66% / $15,06