23 de junho de 2016. Amanhã será um dia histórico para os Mercados Financeiros, ainda mais se o resultado do referendo for pela saída da Grã-Bretanha da União Europeia. Para poder entender melhor este cenário de causas e consequências, separamos os principais pontos:
Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos): a presidente Janet Yellen, insistiu nesta terça-feira em que um voto a favor da saída do Reino Unido da União Europeia poderá ter significativas repercussões econômicas para os EUA e a economia global. Em seu comparecimento semestral perante o Senado americano, indicou que os investidores podem estar nervosos, porque o apetite pelo risco pode mudar de maneira abrupta e elevar a já alta volatilidade financeira. Apesar do avanço nos últimos dias da opção da permanência do Reino Unido, a margem é ajustada e o resultado do referendo é incerto. Em um documento paralelo, o Fed ressaltou que dada a moderada vulnerabilidade financeira, vários possíveis choques externos, incluída a decisão do Reino Unido de sair da UE, podem representar riscos para a estabilidade financeira.
Banco Central Europeu: O presidente Mario Draghi, afirmou nesta terça-feira que a instituição está preparada para fazer frente a todos os cenários a partir da decisão tomada no referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia. Estas declarações foram em relação à atitude vigilante que o BCE mantém com a evolução da inflação na zona do euro e sua recuperação econômica. Draghi ainda afirmou que sem as políticas de estímulos iniciadas pelo BCE, o crescimento e a inflação seriam significativamente mais baixos. No entanto, avisou que a incerteza continua sendo alta e os riscos descendentes seguem sendo significativos, devido a contínua fraqueza da economia global e a evolução geopolítica.
Grandes Bancos Americanos: já se preparam para um cenário catastrófico que poderiam lhes custar bilhões de dólares. Aparentemente, grandes marcas como o Goldman Sachs, Morgan Stanley (NYSE:MS) e Bank of America afirmam que a situação está totalmente sob controle, mas segundo fontes, que preferem manter o anonimato quando o assunto são os bastidores de Wall Street, os setores jurídicos destes bancos trabalham de forma incessante, avaliando todas as opções. A votação poderá afetar duramente a City de Londres, onde os bancos americanos fazem a maior parte de seus negócios nos 28 países da União Europeia. Caso o "Brexit" se concretize, o Reino Unido perderá a grande vantagem de poder negociar livremente com os países da União Europeia, o que poderá significar que os bancos já não poderão manejar de Londres todos os seus negócios, transações na Bolsa, empréstimos e outras atividades em países da UE.
Por ter sido demonstrado, nas recentes eleições britânicas, que as pesquisas de opinião são pouco confiáveis, os bancos não contam com esses resultados. Em vez disso, advertem seus operadores na Bolsa que se preparem para dias longos e agitados nos Mercados Financeiros durante a quinta e a sexta-feira. Os grandes bancos já podem ter reservados quartos de hotel para seus operadores perto de seus escritórios, além da criação de call centers para a comunicação com seus clientes. A maioria dos clientes pode estar preocupada com o Mercado Internacional de Câmbio, principalmente com a Libra Esterlina.
Os cinco grandes bancos americanos empregam mais de 40.000 pessoas em Londres, mais do que o resto da Europa. O Brexit poderia ser negativo, já que aumentariam os custos e a atividade do mercado de capitais perderia em intensidade, além de poder causar temores de contágio e freio ao crescimento. Algumas fontes afirmam que a possibilidade de se abrir escritórios em Amsterdam, Dublin, Frankfurt e Paris já existe. Qualquer reorganização deste tipo representa um grande aumento nos custos.
Ibovespa segue respeitando a tendência altista
Nesta terça-feira o mercado brasileiro inicia pregão pressionado com a entrada de forças vendedoras, que durante as primeiras horas do dia conseguiram empurrar o Bovespa para baixo, indo testar tanto a LTA ( Linha de tendência de Alta ) quanto a média móvel Simples de 200 períodos e com a formação de um novo fundo e entrada dos compradores o mercado reage voltando subir como demostramos no gráfico de M15, fechando o dia em alta atingindo os seus 50.838 pontos correspondendo a um ganho em torno de + 1.01%.
Destaque para a ações da Petrobras: fechando o dia em alta de + 3.81% sendo cotada a R$ 9.53,onde assim contribuíram bastante para segurar os preços do Bovespa no dia de hoje mediante as quedas principalmente da ações da Vale: fechando em queda de - 0.16% sendo cotada a R$ 12,44 e Banco do Brasil: fechando com forte queda de - 4.46% sendo cotada a R$ 15,85,e assim o mercado permanece otimista no dia de hoje.
Por Rodrigo Rebecchi e Jeimes Lopes dos Santos (Equipe Youtrading)