ÁSIA: Bolsas da Ásia recuaram, atingidas por uma confluência de fatores, que inclui o fraco fechamento em Wall Street, comentários da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, de que o mercado de ações está sobrevalorizado, preocupações com crescimento da Austrália e nervosismo com as novas regras de margem de negociação na China.
Os americanos estavam também assustados com os rendimentos dos títulos mais altos, pesados pelo Relatório de Empregos da ADP onde foi mostrado que 169 mil postos de trabalho foram criados em abril, abaixo das expectativas de um aumento de 200.000 novas vagas. O relatório ADP é focado no setor privado e é geralmente visto como um precursor do relatório oficial que será divulgado pelo Bureau of Labor Statistics, na sexta-feira. Uma pesquisa da Reuters espera que seja adicionado 208 mil empregos em abril, após registrar em março, seu pior desempenho desde dezembro de 2013, com a criação de apenas 126 mil postos de trabalho.
Shanghai Composite da China contabilizou o terceiro dia consecutivo de queda, mergulhando 2,75% devido persistência com preocupações sobre novas medidas do governo para travar a especulação e a possibilidade de que os novos anúncios possam minar os fundos de ações existentes. A bolsa de Xangai caiu quase 6% nas duas últimas sessões.
Morgan Stanley (NYSE:MS) rebaixou o índice MSCI China, que engloba médias e grandes empresas chinesas listadas em Hong Kong, de "overweight" para "equalweight", marcando o primeiro rebaixamento em sete anos e meio.
Entre as ações mais ativas, China Shipbuilding e China State Construction Engineering caíram até o limite diário de 10%, enquanto o Banco Agrícola da China recuou 1,6%.
Hang Seng de Hong Kong seguiu novamente seus pares do continente e caiu 1,27%, para seu nível mais baixo desde 20 de Abril. O índice sofreu seu sexto dia consecutivo de perdas.
Na reabertura do primeiro dia de negociação nesta semana, depois de fechar por conta do feriado de Golden Week desde segunda-feira, o Nikkei do Japão encerrou em uma baixa de 1,23%, menor nível em um mês. Componentes pesados estavam entre os destaques de queda; a operadora de telefonia móvel Softbank caiu 3,4%, enquanto Fanuc e Fast Retailing recuaram 3,5 e 1%, respectivamente. Contrariando a tendência de queda, Renesas Electronics subiu 7,1% depois de informar que espera um lucro líquido de mais de 80 bilhões de ienes no ano encerrado em 31 de março.
S&P/ASX 200 da Austrália mergulhou 0,82%, com National Australia Bank, quarta maior instituição de crédito do país por capitalização de mercado, atingiu as expectativas com um aumento de 5,4% no lucro do primeiro semestre e inesperadamente anunciou a emissão de um 5.500 milhões de dólares. NAB pediu a interrupção da negociação após o anúncio.
Outros grandes credores terminaram mistos; Commonwealth Bank of Australia avançou 0,2%, enquanto Westpac e Australia and New Zeland Banking Group cairam 0,3 e 0,6% cada. O banco de investimentos Macquarie, que reportou lucro no ano na sexta-feira, caiu 0,5%.
O minério de ferro recuperou-se e fechou acima de US$ 60 a tonelada, pela primeira vez desde o início de março, após registrar um ganho de quase 4% na quarta-feira. No entanto, Rio Tinto (LONDON:RIO) caiu 1%, enquanto Fortescue terminou estável em US$ 2,58. BHP Billiton ampliou as perdas e recuou 1,4% na sequência da aprovação dos acionistas pela criação da nova empresa South32, resultado da cisão de ativos da mineradora.
Produtoras de petróleo também recuaram; Santos mergulhou 0,8%, Woodside perdeu 1% e Oil Search recuou 1,6%.
Ante dados internos, a economia australiana perdeu 2.900 empregos no mês passado, abaixo das expectativas para a criação de 5000 postos de trabalho e significativamente menor do que os 37,7 mil postos de trabalho adicionados em março. Segundo analistas, o relatório de emprego de abril provavelmente não terá implicações significativas na decisão da RBA diante das perspectivas com as taxas de juros.
EUROPA: As bolsas europeias registram fortes baixas nesta quinta-feira, com a incerteza em torno da eleição geral do Reino Unido, fortalecimento do euro, preços do petróleo e fraqueza no mercado de títulos na Europa.
O Stoxx Europe 600 cai 1,52%, com todos os setores em queda. O índice pan-europeu terminou a sessão de quarta-feira com perda de 0,6%, na sequência do alerta da presidente do Federal Reserve dos EUA de que as ações americanas estão valorizadas.
O FTSE 100 do Reino Unido recua, antes da eleição geral do Reino Unido. As pesquisas de opinião indicam que haverá um parlamento dividido, onde nenhum partido tem maioria, deixando os investidores na incerteza quanto o futuro econômico do país.
A Rio Tinto disse que não vai seguir a sua rival anglo-australiana BHP Billiton em dividir os ativos indesejados, para lidar com a recessão nos mercados de commodities. O presidente do conselho e executivo-chefe disse que está satisfeito com o tamanho da empresa, um dos maiores produtores mundiais de commodities, incluindo minério de ferro, cobre e diamantes e que estavam olhando várias opções para expandir o negócio.
Seus comentários vem um dia depois que os acionistas da BHP votaram esmagadoramente a favor de um plano de cisão de um conjunto de bens, incluindo níquel, alumínio e operações de manganês. As gigantes BHP Billiton e Rio Tinto perdem 2,23% e 1,1%, respectivamente, enquanto Anglo American (LONDON:AAL) cai 3,64% e Antofagasta (LONDON:ANTO) recua 0,51%.
O pesadelo econômico da Grécia continua, após tentativa frustrada de acordo com credores europeus, gerando expectativa de que as questões não se resolvam na reunião de ministros de finanças do Eurogrupo na próxima segunda-feira. Segundo o chefe do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, "muitas questões ainda tem de ser resolvidas e aprofundada, com detalhes", informou a Reuters, mas Athex Composite da Grécia sobe 1,83%, após o BCE aumentar nesta quinta-feira, a quantidade de dinheiro que os bancos gregos podem pedir em um programa de empréstimos de emergência, de acordo com um funcionário do banco grego.
AGENDA DO INVESTIDOR: EUA
8h30 - Challenger Job Cuts (número de demissões corporativas);
9h30 - Unemployment Claims (número de pedidos de auxílio-desemprego);
16h00 - Consumer Credit de março (mede o total de crédito ao consumidor);
ÍNDICES MUNDIAIS - 7h40:
ÁSIA
Nikkei: -1,23%
Austrália: -0,82%
Shanghai Composite: -2,75%
Hong Kong: -1,27%
EUROPA
Frankfurt - Dax: -0,97%
London - FTSE: -0,99%
Paris CAC -1,61%
IBEX 35: -1,41%
FTSE MIB: -0,90%
COMMODITIES
BRENT: +1,03%
WTI: +0,18%
OURO: -0,69%
COBRE: +0,45%
SOJA: +0,23%
ALGODÃO: -0,39%
ÍNDICES FUTUROS
DOW: -0,58%
SP500: -0,56%
NASDAQ: -0,66%
Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuíto, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. Atenção para o horário da disponibilização dos dados desse relatório.