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Estagnação nos Voos Prejudica Retomada das Companhias Aéreas

Publicado 24.07.2020, 10:30
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Publicado originalmente em inglês em 24/07/2020

Depois de sofrer um forte revés no primeiro trimestre, os investidores das companhias aéreas esperavam que os negócios dessas empresas decolassem, à medida que a economia norte-americana ia se reabrindo gradativamente após a pandemia de covid-19.

Mas os resultados do segundo trimestre divulgados nesta semana mostram que o caminho da recuperação será bastante turbulento para as companhias aéreas americanas. Resumimos abaixo os resultados mais recentes das três maiores empresas aéreas do país e o que seus executivos têm a dizer sobre o futuro.

1. American Airlines 

A American Airlines (NYSE:AAL) divulgou ontem um prejuízo de US$ 2,1 bilhões no 2º tri, ante um lucro de US$ 662 milhões no mesmo período do ano passado. Excluindo itens não recorrentes, como o auxílio governamental para cobrir a folha de pagamentos, a companhia apurou um prejuízo de US$ 3,4 bilhões, ou US$ 7,82 por ação, em comparação com o consenso dos analistas de US$ 4,86.

Durante a teleconferência, os executivos da American disseram que as reservas começaram a cair novamente, e as viagens a negócio, que geralmente aumentam após o Dia do Trabalho, não mostram qualquer sinal de retomada. “Em suma, a crise continua”, declarou o CEO Doug Parker na teleconferência.

As reservas líquidas da American, isto é, a diferença entre novas reservas e cancelamentos, sofreram uma queda de 75% a 80%, um considerável declínio de maio a junho, quando os estados do Cinturão do Sol estavam se abrindo e alguns viajantes comerciais voltavam a voar. Em determinado momento, as reservas líquidas naqueles estados registraram queda de apenas 35% a 40%.

As ações da American mais do que dobraram de valor entre abril e junho. Mas, desde o pico do mês passado, elas se desvalorizaram cerca de 50%, cotadas a US$ 11,97 por ação, na quinta-feira.

Apesar desse cenário obscuro, existem sinais positivos no último balanço da American. A receita por milha voada por cada passageiro foi seis vezes maior em junho do que em abril. Ao mesmo tempo, a companhia reduziu a taxa com que vinha queimando caixa, passado de US$ 100 milhões por dia em abril para US$ 30 milhões ao fim de junho.

A American afirmou que espera que sua capacidade no terceiro trimestre sofra uma queda de 60% em relação ao ano passado. A empresa disse aos pilotos, em um comunicado nesta semana, se prepararem para ajustes de horários.

American Airlines Shares

2. Delta Air Lines

A Delta Air Lines (NYSE:DAL) registrou um prejuízo líquido de US$ 5,7 bilhões no trimestre encerrado em junho, ante um lucro de US$ 1,4 bilhão no mesmo período do ano passado. As vendas durante o período caíram 88%, para US$ 1,47 bilhão. Considerando itens não recorrentes, a Delta teve um prejuízo de US$ 2,8 bilhões. Já o prejuízo por ação foi de US$ 4,43, ante o consenso de US$ 4,16 entre os especialistas pesquisados pela FactSet.

A Delta encerrou o trimestre com US$ 15,7 bilhões em liquidez que, segundo a empresa, são suficientes para sustentar as operações por 19 meses. O valor inclui US$ 5,4 bilhões em auxílio governamental para pagar salários. A companhia ainda precisa decidir se tomará um empréstimo adicional de US$ 4,6 bilhões do governo federal.

As ações da Delta subiram mais de 2% na quinta-feira, cotadas a US$ 26,09 no pregão da tarde, mas ainda registram queda de 50% no ano.

O CEO Ed Bastian ecoou as palavras de Parker, da American, dizendo que a recuperação em relação ao quase colapso dos voos domésticos em abril havia estagnado. Com isso, a Delta diminuirá pela metade o número de voos extras que seriam adicionados em agosto, para 500, bem como a capacidade, que será reduzida em um terço, para 25% no melhor cenário, em relação ao ano passado.

Bastian afirmou em uma teleconferência com investidores na terça-feira que não esperava que o volume de voos comerciais voltasse aos níveis pré-pandemia, já que as empresas passaram a se concentrar em viagens essenciais. Os analistas estimam que os viajantes premium representem metade das vendas da Delta, volume mais alto no setor.

A Delta também continua limitando a capacidade para 60% em seus voos, a fim de garantir que o assento do meio fique vago.

A pausa na recuperação da demanda obrigaria a Delta a queimar US$ 27 milhões em caixa por dia neste mês, em linha com o que aconteceu no mês passado.

A companhia espera que sua programação durante o resto do ano seja similar à de agosto, alertando que qualquer recuperação nas viagens aéreas não “seguirá uma trajetória linear".

Delta Air Lines

3. Southwest

A Southwest Airlines (NYSE:LUV) registrou um prejuízo de US$ 915 milhões no segundo trimestre, em comparação com US$ 741 milhões em lucro líquido ano a ano. Assim como seus concorrentes, a empresa alertou que a demanda não voltará em breve.

A Southwest reportou queda nas vendas de quase 83%, para cerca de US$ 1 bilhão, ante US$ 5,9 bilhões no mesmo período do ano passado, embora as vendas no trimestre tenham ficado acima das estimativas dos analistas. O prejuízo por ação de US$ 2,67 em termos ajustados ficou praticamente em linha com a previsão dos especialistas.

A Southwest estimou que sua capacidade no terceiro trimestre cairia entre 20% e 30% em comparação com o ano passado.

O CEO Gary Kelly afirmou durante divulgação do balanço:

“Ficamos animados com as melhorias nas tendências de tráfego dos passageiros de lazer em maior e junho.”

“Mas as melhoras na receita e reservas não avançaram em julho, com a alta nos casos de covido-19”.

As ações da Southwest não foram tão punidas quanto a de seus rivais. Seus papeis se desvalorizaram 39% neste ano, cotados a US$ 32,88 na quinta-feira, em queda de 1% no dia.

Southwest Airlines

Resumo

Esses balanços mostram que as ações das maiores companhias aéreas dos EUA não devem se recuperar, a menos que se desenvolva uma vacina para combater a disseminação da covid-19. Embora os executivos das companhias aéreas tenham poucas notícias positivas para compartilhar no momento em que as pessoas não estão prontas para viajar, as ações dessas empresas podem ser uma boa aposta para investidores com um pouco mais de paciência.

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