Após a nada surpreendente alta de 0,75% na taxa de juros dos EUA ontem, o dólar fechou cotado a vista em R$ 5,2493 em queda de 1,92%. Já tinha subido demais semana passada no medo da recessão e com apostas de alta de até 1 ponto.
Na entrevista após a divulgação da taxa de juros, Jerome Powell disse que outro aumento "excepcionalmente grande" na taxa de juros pode ser apropriado na reunião de política monetária do banco central dos Estados Unidos em setembro, mas a decisão será determinada pelos dados econômicos recebidos até lá. Ou seja, vão continuar tentando conter a inflação através de altas de juros e a magnitude destas altas será ditada pelos dados de trabalho, emprego, consumo e etc.
O risco de levar a economia dos EUA a uma recessão pesou para o colegiado, mesmo com números robustos do mercado de trabalho, e portanto não puderam elevar em 1 ponto os juros de uma só vez. Além disso, houve algum reconhecimento de desaceleração da economia norte-americana.
E em coletiva de imprensa o chefe da instituição, Jerome Powell, afirmou que em algum momento a magnitude do aperto nos juros diminuirá, esvaziando apostas até mesmo de nova alta de 0,75 ponto. Com esse “fôlego” melhorou a vida do real. A gente já sabia que o diferencial de juros era muito grande (a favor do Brasil). Agora sabemos que o juro norte-americano vai até certo ponto, e a gente aqui vai parar em torno de 14%. Mas…. Vamos acompanhar esse desfecho.
Hoje, mercado doméstico já deve operar na expectativa da Ptax de fim de mês, data onde existe muita “briga” entre comprados e vendidos puxando o valor do dólar para ambos os lados. Quem dita o preço é o fluxo.
E, por aqui, conheceremos o índice de evolução de emprego do Caged de junho e IGP-M mensal julho. Nos EUA o PIB trimestral e pedidos iniciais por seguro desemprego. Além disso, vamos acompanhar o discurso de Yellen, do Fed.
Bons negócios a todos!