Um dia de intensa volatilidade nos ativos locais, o que se dividiram entre encerrar em um dia ruim ou mais positivo que a média das últimas sessões, desta vez com bolsa de valores subindo, dólar caindo e curva de juros fechando.
A puxada do minério de ferro, dado o retorno mais intenso da produção chinesa e a melhora do petróleo no meio da sessão foram suficientes para afastar os temores da questão fiscal ainda em aberto e garantir um dia positivo, apesar das fortes oscilações.
Hoje deve ser lido na CCJ do senado o relatório do senador Bezerra sobre a PEC dos precatórios, que inclui as mudanças em relação à proposta da câmara, 7 no total e que possui anuência do governo, inclusive para o descumprimento da LRF.
Entre os motivos para a volatilidade de ontem foi a indicação de que pode haver esta manobra na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para encaixar um auxílio-Brasil permanente, ou seja, além do rompimento do teto dos gastos, o fiscal ainda contaria com mais um desrespeito à legislação.
Este descumprimento viria exatamente da retirada da necessidade de se indicar a fonte de receita, sempre que uma nova despesa permanente é criada, porém aproveitando a crise criada pela pandemia e os eventos no curto prazo, o executivo e o legislativo estão se autoconcedendo um “laisser-faire laisser-passer”, ou seja, passe livre.
Na economia hoje, a agenda é pesada, com foco nos EUA, dado o feriado a amanha de ação de graças, o que acumula a série de indicadores que seria divulgada no restante da semana, incluindo a ata da última reunião do FOMC, PIB do terceiro trimestre, desagregados do PIB, como inflação do PCE e renda e gastos dos consumidores, pedidos de bens de capital e duráveis, e mais uma série de dados.
Na Europa, já foram divulgados o índice IFO de confiança e dentro das expectativas e levemente abaixo das medições anteriores, os alemães ainda não colocaram nas medidas as possíveis medidas de restrição à locomoção como observadas no ano passado, ou seja, ainda não precificaram possíveis lockdowns, como os que estão acontecendo em diversas regiões da Oceania.
Na Nova Zelândia, os juros foram elevados para 0,75% aa durante a noite.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com novos lockdowns na Europa e na espera pela agenda pesada nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, com exceção das bolsas chinesas, lideradas pelo mercado japonês.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro novamente.
O petróleo abre queda em Londres e Nova York, com os planos coordenados de liberar reservas de petróleo de emergência, contra a alta global.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,05%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,5909 / -0,11 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / -0,329%
Dólar / Iene : ¥ 115,04 / -0,087%
Libra / Dólar : US$ 1,34 / -0,105%
Dólar Fut. (1 m) : 5616,33 / 0,03 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 11,43 % aa (1,65%)
DI - Janeiro 23: 12,25 % aa (-0,65%)
DI - Janeiro 25: 11,93 % aa (-1,97%)
DI - Janeiro 27: 11,76 % aa (-2,08%)
Bolsas de valores
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,4996% / 103.654 pontos
Dow Jones: 0,5462% / 35.814 pontos
Nasdaq: -0,5022% / 15.775 pontos
Nikkei: -1,58% / 29.303 pontos
Hang Seng: 0,14% / 24.686 pontos
ASX 200: -0,15% / 7.399 pontos
ABERTURA
DAX: -0,348% / 15881,13 pontos
CAC 40: -0,265% / 7025,93 pontos
FTSE: 0,099% / 7273,88 pontos
Ibovespa Futuros: 1,40% / 104066,00 pontos
S&P 500 Futuros: -0,27% / 4675,75 pontos
Nasdaq 100 Futuros.: -0,207% / 16279,50 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: -0,01% / 103,23 ptos
Petróleo WTI -0,27% / $78,29
Petróleo Brent: -0,21% / $82,15
Ouro: 0,06% / $1.790,54
Minério de ferro: 1,31% / $93,99
Soja: 0,18% / $1.275,25
Milho: -0,09% / $580,00
Café: 4,84% / $242,55
Açúcar: -0,60% / $19,98