As cotações do açúcar cristal voltaram a subir no mercado spot paulista. De acordo com pesquisadores do Cepea, representantes de vendas das usinas estão um pouco mais firmes nos valores pedidos neste final de temporada. De maneira geral, a liquidez está estável e os volumes captados nas negociações têm sido relativamente baixos. O Indicador do açúcar cristal CEPEA/ESALQ (cor Icumsa de 130 até 180) fechou a R$ 52,3/saca de 50 kg nessa segunda-feira, 26, elevação de 3,13% entre 19 e 26 de março. Mesmo com essa sustentação, os valores estão bem mais baixos que os praticados no mesmo período de 2017. Em termos reais, em março/17, o Indicador CEPEA/ESALQ registrou a menor média da temporada 2016/17 e, ainda assim, estava em R$ 77,63/saca de 50 kg (valores deflacionados pelo IGP-DI base fevereiro/18). Já a atual média (de 1º a 26 de março/18), de R$ 51,05/saca, está 34,24% abaixo da do mesmo mês de 2017.
ETANOL: OFERTA AUMENTA E PREÇOS RECUAM EM SP
O número de usinas que iniciou a moagem da nova temporada 2018/19 no Centro-Sul brasileiro é crescente. Assim, conforme indicam pesquisadores do Cepea, a oferta de etanol hidratado tem aumentado, pressionando os valores do combustível. Na semana passada (de 19 a 23 de março), o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado foi de R$ 1,8617/litro, queda de 2,13% em relação ao período anterior. No caso do etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 1,9231/litro, baixa de 0,55% no mesmo comparativo.
TRIGO: ALTA DO GRÃO É REPASSADA ÀS FARINHAS
As elevações do trigo em grão têm sido repassadas às farinhas, ainda que aos poucos. Das sete diferentes farinhas acompanhadas pelo Cepea, apenas duas (para pré-mistura e para massas frescas) se desvalorizaram na semana passada. Quanto ao farelo, a demanda está um pouco mais aquecida, devido aos fortes avanços nas cotações do milho. Em relação ao trigo em grão, as cotações também estão em alta, impulsionadas pelo período de entressafra. Além disso, o maior custo com a importação e os atrasos nos embarques do cereal argentino têm direcionado compradores ao mercado doméstico. O volume disponível no mercado nacional ainda é baixo, o que mantém produtores firmes nos preços pedidos – muitos estão fazendo caixa com a venda de soja e de milho.
BATATA: PREÇOS SOBEM 11% EM SP, MG E NO RJ
A batata padrão ágata especial se valorizou na semana passada nos principais atacados brasileiros, de acordo com dados do Hortifruti/Cepea. Em São Paulo, o aumento foi de 11,06% (R$ 67,09/sc de 50 kg); no Rio de Janeiro, de 11,41% (R$ 63,40/sc) e, em Belo Horizonte (MG), de 11,71% (R$ 56,50/sc). Com chuvas em algumas regiões, como em Guarapuava (PR) e no Sul de Minas, a colheita foi interrompida e a oferta se reduziu. Além disso, a demanda foi um pouco maior em função da Semana Santa – a batata é um importante acompanhamento dos pratos típicos consumidos neste feriado religioso. Por outro lado, problemas na qualidade (pouca resistência, menor calibre e pele escura, devido ao calor excessivo) se intensificam em algumas praças, como Sul e Cerrado Mineiro, o que aumentou ainda mais a amplitude de preços de comercialização nos atacados – na semana passada, esteve entre R$ 40,00/sc e R$ 90,00/sc.