O volume das vendas do açúcar cristal de melhor qualidade – Icumsa até 180 – seguiu estável no mercado spot do estado de São Paulo ao longo da última semana. De acordo com pesquisas do Cepea, a demanda não tem apresentado sinais de aquecimento para este tipo de açúcar, mesmo com a alta do dólar – vale lembrar que a moeda norte-americana elevada estimula as exportações e, consequentemente, reduz a disponibilidade doméstica. Segundo compradores consultados pelo Cepea, a parcela do açúcar fixada em contratos tem sido suficiente para dar andamento à produção industrial. Entre 13 e 17 de maio, a média do Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, foi de R$ 70,57/saca de 50 kg, ligeira alta de 0,03% em relação à semana anterior (R$ 70,55/saca de 50 kg). Já para o mercado que envolve os tipos de açúcar de cor mais escura, houve aumento na quantidade negociada ao longo da última semana.
ETANOL: PREÇO DO HIDRATADO SOBE, APÓS TRÊS SEMANAS EM QUEDA
De acordo com levantamento do Cepea, depois de três semanas consecutivas em queda, o preço do etanol hidratado voltou a subir no estado de São Paulo. Entre 13 e 17 de maio, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado fechou a R$ 1,6820/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), aumento de 4,41% em relação ao período anterior. No caso do etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 1,9460/litro (sem PIS/Cofins), ligeira alta de 0,23% no mesmo comparativo. O suporte veio da continuidade da demanda aquecida das distribuidoras, em função da vantagem dos preços do biocombustível nas bombas frente à gasolina. Além disso, a moagem vem ocorrendo de forma mais lenta neste início de safra em todo o Centro-Sul frente ao observado no mesmo período de 2018, o que se deve a questões técnicas e climáticas.
TRIGO: PREÇOS DE GRÃOS E DERIVADOS SE ENFRAQUECEM NO MERCADO INTERNO
Os preços do trigo em grão e dos derivados estão enfraquecidos no mercado brasileiro, de acordo com pesquisas do Cepea. Representantes de moinhos nacionais estão retraídos do mercado, indicando dificuldades no repasse dos custos da matéria-prima e dos fretes ao produto acabado. Esses demandantes alegam que as vendas tanto por parte das indústrias alimentícias como pelo varejo registram baixo ritmo, o que tem elevado os estoques e reduzido a necessidade de novas compras de grão no spot. No mercado de derivados, enquanto parte dos agentes consultados pelo Cepea eleva os preços de venda, devido à maior cotação do grão importado e do alto custo de produção, outros reduzem os valores, no intuito de aquecer as vendas.
BATATA: PREÇO CAI, MAS PERMANECE EM PATAMARES ELEVADOS
Entre 13 e 17 de maio, os preços da batata padrão ágata caíram nos principais atacados brasileiros. O produto foi comercializado em Belo Horizonte (MG) a R$ 134,02/sc de 50 kg, queda de 10,65% frente à semana anterior. No mercado do Rio de Janeiro, a baixa foi de 6,37%, a R$ 140,00/sc, no mesmo período de comparação. Em São Paulo, por sua vez, queda de 5,04%, a R$ 149,12/sc de 13 a 17 de maio. Apesar dos recuos, os valores negociados seguem em patamares elevados, já que a oferta continua pequena. Esse movimento de baixa pode ser atribuído à qualidade, diferença na oferta entre o final e início da semana, devido às chuvas nas lavouras, estoques nos boxes e à menor liquidez do produto frente aos elevados preços.