O preço médio do açúcar cristal (estado de São Paulo) registrou leve queda na primeira semana de dezembro, devido à redução da demanda. Com isso, a liquidez seguiu estável, com maiores volumes comercializados apenas em negócios pontuais. De 3 a 7 de dezembro, a média do Indicador CEPEA/ESALQ (cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista) foi de R$ 68,70/saca de 50 kg, 0,3% inferior à da semana anterior (de 26 a 30 de novembro), de R$ 68,90/sc. Conforme colaboradores do Cepea, as atenções têm se voltado ao comportamento dos preços domésticos a partir de janeiro, período da entressafra. Com uma menor produção de açúcar nesta temporada 2018/19, é possível que as cotações no spot se recuperem, porém, a demanda será determinante.
ETANOL: VOLUME DE HIDRATADO COMERCIALIZADO NO INÍCIO DESTE MÊS É RECORDE
De acordo com levantamento do Cepea, o volume de etanol hidratado negociado na primeira semana de dezembro foi o mais alto de toda a série histórica, iniciada em 2002. A quantidade comercializada no período foi 78% superior à da última semana de novembro/18 e mais que o dobro da verificada no início de dezembro de 2017. Segundo colaboradores do Cepea, esse cenário se deve à maior demanda pelo biocombustível, devido à proximidade das festas de fim de ano. Diante disso, depois de sete semanas em queda, o preço do etanol hidratado subiu no mercado spot do estado de São Paulo. Entre 3 e 7 de dezembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado foi de R$ 1,6641/litro, aumento de 2,54% em relação ao período anterior. Para o etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ semanal fechou a R$ 1,8263/litro, alta de 3,18% no mesmo comparativo – neste caso, o aumento foi verificado após seis semanas de queda. Além da maior demanda, os aumentos nos preços do etanol estiveram atrelados ao encerramento da moagem por parte de muitas usinas paulistas. Ainda, a recuperação do preço do petróleo Brent no final da semana passada e o reajuste no valor da gasolina A pela Petrobrás também deram sustentação aos preços do biocombustível.
TRIGO: APESAR DAS IMPORTAÇÕES ELEVADAS, PREÇO SEGUE FIRME NO BR
A comercialização de trigo tem ganhado certo ritmo em algumas regiões acompanhadas pelo Cepea, mas a baixa oferta do cereal nacional de boa qualidade limita os fechamentos. Com isso, muitos moinhos recorrem às importações, especialmente de países do Mercosul, que atendem a exigências de processamento para farinhas. Nesse cenário, as compras externas estão aquecidas, mas os preços domésticos do trigo seguem firmes, resultado, inclusive, do maior custo do cereal importado. Segundo dados da Secex, em novembro, chegaram aos portos brasileiros 494 mil toneladas de trigo, volume apenas 0,1% inferior ao de outubro.
ALFACE: COM MAIOR PRODUTIVIDADE, COTAÇÕES RECUAM EM SP
Os preços das alfaces registraram leve queda nos últimos dias nas regiões produtoras de Mogi das Cruzes e Ibiúna (SP). Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, esse cenário está atrelado ao clima, que é favorável para o cultivo da hortaliça, e à demanda, que está menor do que a esperada para o período. Com isso, a quantidade de folhosas aumentou nas roças paulistas. Entre 3 e 7 de dezembro, o preço da crespa em Mogi das Cruzes caiu 1,32% frente ao da semana anterior, para R$ 11,25/cx com 20 unidades. A americana produzida em Ibiúna se desvalorizou 16,08% na mesma comparação, a R$ 6,00/cx com 12 unidades.