Mesmo com estimativas indicando menor produção de açúcar nesta temporada 2018/19, os preços médios do cristal seguem em queda no mercado spot do estado de São Paulo. Segundo pesquisadores do Cepea, com a estabilidade da demanda interna, que não dá sinais de aquecimento, as desvalorizações do mercado internacional têm prevalecido, pressionando os valores no Brasil. Assim, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve média de R$ 55,96/saca de 50 kg na semana de 10 a 13 de julho, 3,39% menor que a da semana anterior (R$ 57,92/saca de 50 kg). No acumulado de julho, a queda é de 6,9%.
ETANOL: PROCURA FIRME E MENOR PRESSÃO PARA VENDA SUSTENTAM VALORES
A demanda aquecida e a menor necessidade de venda sustentaram os preços do etanol nos últimos dias. Segundo colaboradores do Cepea, distribuidoras voltaram ao mercado para repor os estoques vendidos no feriado de 9 de julho no estado de São Paulo. Do lado da oferta, usinas definiram o melhor momento de comercialização, visto que a necessidade de venda foi menor. Entre 10 e 13 de julho, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado (estado de São Paulo) fechou a R$ 1,4652/litro, pequena queda de 0,57% na comparação com a semana anterior. O Indicador CEPEA/ESALQ do etanol anidro, também no mercado paulista, foi de R$ 1,6660/litro, praticamente estável (-0,13%) na mesma comparação.
TRIGO: BAIXA DEMANDA MANTÉM COTAÇÕES EM QUEDA NO BRASIL
Os preços do trigo em grão seguem em queda tanto no mercado doméstico quanto no internacional. No Brasil, conforme colaboradores do Cepea, as desvalorizações estiveram atreladas à demanda enfraquecida. No mercado internacional, por sua vez, o bom desempenho das lavouras nos Estados Unidos e na Argentina pressionam as cotações. No campo, as atividades de semeio praticamente terminaram no Paraná e no Rio Grande do Sul, onde, segundo a Emater/RS, produtores estão cautelosos quanto ao excesso de umidade no solo e fazem controle rigoroso das lavouras, uma vez que este cenário favorece a proliferação de insetos e fungos.
MANGA: DIFERENÇA ENTRE PREÇO INTERNO E PARA EXPORTAÇÃO DA PALMER É A MAIOR EM 2 ANOS
A atual diferença entre o preço da manga palmer de Petrolina/Juazeiro (PE/BA) para exportação e o da mesma variedade para venda no mercado nacional, de 73 centavos por quilo, é a maior desde junho de 2016 (quando era de 1,06 real por quilo). Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, esse cenário está atrelado à firme demanda do mercado externo, visto que o Senegal, que deveria suprir a demanda da União Europeia com o fim da temporada na Costa do Marfim, teve sua safra atrasada, o que vem favorecendo as vendas da manga brasileira ao bloco. Além disso, as fortes valorizações do dólar e do euro frente ao Real têm favorecido os embarques. Assim, entre 9 e 13 de julho, a manga palmer para exportação teve preço médio de R$ 2,34/kg, enquanto no mercado interno, a média foi de R$ 1,61/kg.