As cotações do açúcar cristal continua em queda no mercado spot paulista, refletindo a ampla oferta de produto disponível para comercialização e o recuo das cotações externas do açúcar demerara. Conforme pesquisadores do Cepea, os preços do demerara na Bolsa de Nova York (ICE Futures) voltaram para a casa dos 13 centavos de dólar por libra-peso na semana passada, pressionadas pela maior produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil e pela valorização da moeda norte-americana frente ao Real, que tende a estimular as exportações brasileiras de açúcar. De 7 a 14 de agosto, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal, cor Icumsa entre 130 e 180 (estado de São Paulo), registrou queda de 5%, fechando a R$ 54,30/saca de 50 kg nessa segunda-feira, 14. No acumulado do mês, a baixa já é de 7,14%.
ETANOL: PREÇO DO HIDRATADO SOBE PELA 5ª SEMANA; ANIDRO TEM 3ª ALTA
A demanda por etanol seguiu aquecida nos últimos dias, com grande número de negócios envolvendo volumes expressivos, segundo colaboradores do Cepea. Do lado vendedor, as unidades que estavam retraídas voltaram ao mercado, aproveitando os preços em alta e as condições climáticas favoráveis à moagem. Por outro lado, a produtividade está menor, preocupando agentes. Entre 7 e 11 de agosto, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou com média de R$ 1,4212/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), alta de 2,36% frente à semana anterior e a quinta elevação consecutiva. O Indicador CEPEA/ESALQ do etanol anidro fechou a R$ 1,5288/litro (sem PIS/Cofins), aumento de 0,63% na mesma comparação e a terceira alta seguida.
TRIGO: APESAR DA PROXIMIDADE DA COLHEITA, PREÇO ALCANÇA O MAIOR PATAMAR DO ANO
Mesmo com a proximidade da colheita de trigo no Brasil, os preços do cereal atingiram os maiores patamares de 2017, em termos reais, em algumas praças pesquisadas pelo Cepea. Esse cenário se deve principalmente às projeções de área ainda menores no País e à ausência de vendedores no mercado. Dados da Conab divulgados no último dia 10 apontam que a área alocada ao trigo neste ano deve ser de 1,83 milhão de hectares, 4,9% abaixo do estimado em julho e 13,6% menor que o cultivado no ano anterior. Esses reajustes, por sua vez, estão atrelados às reduções de área no Paraná e no Rio Grande do Sul, de 20,4% e 7,2%, respectivamente, frente à temporada anterior.
CEBOLA: MAIOR OFERTA EM SP PRESSIONA COTAÇÕES
A oferta de cebolas aumentou nas regiões paulistas de São José do Rio Pardo e Monte Alto nos últimos dias, pressionando as cotações do bulbo. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, até o final de agosto, 50% da área deve ser colhida em cada uma dessas praças, o que deve elevar ainda mais a disponibilidade do produto no mercado nacional. Em São José do Rio Pardo (SP), o preço pago ao produtor pelo quilo da cebola teve média de R$ 0,89 entre 7 e 11 de agosto, 16,6% menor que na semana anterior. Apesar do recuo, esse valor ainda é 6% maior que as estimativas de custo de produção, cenário favorável ao produtor.