Os preços médios do açúcar cristal continuam firmes no mercado spot paulista – ao longo da semana passada, o Indicador CEPEA/ESALQ (cor Icumsa de 130 a 180) seguiu na casa dos R$ 64,00/saca de 50 kg. Segundo pesquisadores do Cepea, o suporte vem da postura de agentes de usinas, que restringem as quantidades ofertadas, em especial para os tipos Icumsa até 180. A demanda, por sua vez, diminuiu. Assim, houve queda na liquidez, sendo que somente em casos pontuais foram captadas negociações envolvendo maiores quantidades. De 7 a 11 outubro, a média do Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 64,79/saca de 50 kg, alta de 1,18% em relação à média registrada entre 30 de setembro e 4 de outubro, de R$ 64,03/sc.
ETANOL: COM VENDAS ELEVADAS NOS POSTOS, PREÇO SEGUE EM ALTA NO CENTRO SUL
As elevadas vendas de etanol nos postos, em função do preço favorável ao hidratado frente à gasolina, seguem impulsionando os valores do biocombustível. Dados do Cepea mostram que, desde o início da temporada 2019/20, o preço do etanol hidratado tem registrado altas nos principais estados produtores (SP, GO, MS, MG e PR), exceto em Mato Grosso, onde a oferta aumentou devido à instalação de novas e grandes unidades focadas na produção de etanol a partir do milho. Do lado das usinas, mesmo que algumas tenham necessidade de venda para abrir espaço nos tanques, a maior parte não cedeu no preço de venda. Nesse cenário, os valores subiram. De 7 a 11 de outubro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou a R$ 1,8004/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), alta de 1,8% em relação ao da semana anterior. O Indicador CEPEA/ESALQ do anidro foi de R$ 1,9652/litro (sem PIS/Cofins), aumento de 1,27% no mesmo período. O Indicador diário ESALQ/BM&Bovespa (etanol hidratado posto Paulínia) fechou em R$ 1.869,00/m3 (sem impostos) nessa segunda-feira, 14, alta de 0.78% frente à segunda anterior, 7.
TRIGO: RITMO DE NEGÓCIOS ESTÁ LENTO E PREÇOS RECUAM NO SUL DO PAÍS
As negociações domésticas de trigo em grão seguem em ritmo lento. Segundo colaboradores do Cepea, produtores estão atentos às colheitas no Paraná e no Rio Grande do Sul, bem como ao clima no Brasil, na Argentina e nos Estados Unidos. A disparidade entre os preços ofertados por compradores e os pedidos por vendedores também reduziu a liquidez no mercado interno. Quanto aos preços, o início da colheita no Rio Grande do Sul pressionou os valores do cereal; no Paraná, a queda foi menos acentuada, visto que previsões de uma significativa perda na produção do estado levou vendedores a priorizar o cumprimento de contratos.
ALFACE: BAIXA OFERTA ELEVA COTAÇÕES EM SP
Os preços da alface subiram nos últimos dias nas regiões produtoras do estado de São Paulo. Em Mogi das Cruzes, a americana foi a que mais se valorizou, registrando alta de 26,44% entre 7 e 11 de outubro – a variedade fechou o período com média de R$ 13,19/cx com 12 unidades. Colaboradores do Hortifrúti/Cepea relatam que a americana está em falta na região, devido à boa procura – apesar de elevada, a demanda segue abaixo das expectativas para a época. Em Ibiúna, por sua vez, foi a perda de qualidade das folhosas que reduziu o volume disponível e impulsionou os preços – houve relatos de queima de bordas e de estragos relacionados ao acúmulo de hortaliças no campo, que passaram do ponto devido ao ciclo curto, por conta dos dias mais longos. Além disso, o tempo chuvoso também prejudicou as roças. Na última semana, a alface crespa teve preço médio de R$ 7,75/cx com 20 unidades na praça paulista, valorização de 22,37% frente à média da semana anterior.