Os preços do açúcar cristal no mercado spot paulista estiveram um pouco mais firmes, de acordo com pesquisas do Cepea, com o Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, atingindo R$ 61,19/saca de 50 kg na sexta-feira, 20. Usinas paulistas consultadas pelo Cepea continuaram a priorizar a produção de etanol, mantendo a oferta do adoçante reduzida. Além disso, grande parte do volume de açúcar produzido tem sido negociada via contratos. Pelo lado da demanda, o volume de aquisição no spot mantém-se estável, com casos pontuais envolvendo quantidades maiores. Assim, de 16 a 20 de setembro, a média do Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 60,70/saca de 50 kg, alta de 0,82% em relação à de 9 a 13 de setembro (R$ 60,21/saca de 50 kg).
ETANOL: DEMANDA AQUECIDA E VENDEDOR FIRME SUSTENTAM PREÇOS
A demanda aquecida e o posicionamento firme do vendedor consultado pelo Cepea deram sustentação aos preços do etanol em São Paulo na semana passada. No geral, a notícia de um ataque à refinaria de petróleo na Arábia Saudita e o impacto desse fato no preço de combustíveis fósseis influenciaram essa posição de agentes de mercado e, consequentemente, os valores do etanol hidratado. Assim, entre 16 e 20 de setembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou a R$ 1,7219/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), elevação de 1,64% em relação à da semana anterior. Quanto ao etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 1,8725/litro (sem PIS/Cofins), aumento de 1,52% no mesmo período.
TRIGO: COLHEITA AVANÇA NO PR E PRESSIONA COTAÇÃO
O clima seco na última semana favoreceu o rápido avanço da colheita do trigo no Paraná, de acordo com levantamento do Cepea. Este cenário tem resultado em quedas de preços mais expressivas frente às demais regiões do Sul do País. Com isso, os valores negociados no Paraná estão se aproximando dos verificados no Rio Grande do Sul, que, vale lembrar, são historicamente inferiores aos do estado paranaense. Esse movimento de aproximação dos preços, no entanto, pode se alterar no próximo mês, tendo em vista a entrada de lotes de outros estados no mercado sul-rio-grandense e também da Argentina. Quanto às negociações, por enquanto, moinhos consultados pelo Cepea se mostram divididos em negociar com países do Mercosul ou com agentes nacionais, mesmo sendo período de colheita no Brasil. Em relação aos derivados, os valores oscilaram na última semana. As valorizações estão atreladas ao repasse do aumento no custo da matéria-prima, enquanto as ligeiras quedas se devem à retração de compradores, que aguardam momento mais favorável para negociar.
TOMATE: COTAÇÕES REGISTRAM LEVE ALTA
Entre 16 e 20 de setembro, os preços do tomate salada longa vida classificações 2A e 3A registraram leve aumento de 3%, a R$ 18,24/cx de 18-20 kg e R$ 35,00/cx, respectivamente, na Ceagesp. De acordo com colaboradores do Hortifruti/Cepea, com as altas temperaturas e a aceleração da maturação, muitos produtos foram comercializados na semana anterior (de 9 a 13/09). Além disso, também houve descarte dos produtos muito maduros. No atacado carioca, o cenário foi semelhante e os preços estiveram entre R$ 20,00 e R$ 40,00/cx. A amplitude nos valores é atribuída ao fato de que havia frutos ponteiros de São José de Ubá (RJ), assim como de Paty do Alferes (RJ) e do Espírito Santo.