As cotações do açúcar cristal voltaram a se sustentar no mercado spot paulista nos últimos dias, aumentando o ritmo de negócios, conforme indicam dados do Cepea. De 8 a 15 de abril, o Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, no mercado de São Paulo, subiu 2,75%, fechando em R$ 68,02/saca de 50 kg nessa segunda-feira, 15. As usinas, de modo geral, estiveram firmes nos valores, preferindo deixar o mercado do que negociar a preços mais baixos. Como os preços do etanol têm aumentado nos últimos dias, usinas paulistas desviam o foco para o mercado do biocombustível em detrimento do spot do açúcar.
ETANOL: INDICADOR DO HIDRATADO SOBE 15% NA SEMANA
A menor oferta e a demanda aquecida elevaram com força as cotações do etanol hidratado na semana passada, de acordo com informações do Cepea. Entre 8 e 12 de abril, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado em São Paulo fechou a R$ 1,8962/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), aumento expressivo de 15,07% em relação ao período anterior. Pesquisadores indicam que a elevação está atrelada à menor oferta de etanol, por conta de chuvas em boa parte do estado paulista. Além disso, a demanda está aquecida em função da proximidade da Páscoa. No caso do etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 1,936/litro (sem PIS/Cofins), alta de 4,34% no mesmo comparativo.
TRIGO: PARANÁ INICIA PLANTIO DA SAFRA 2019/20
As atividades de plantio da nova temporada de trigo começaram no Paraná nos últimos dias, ainda que em ritmo lento, segundo informações do Cepea. O plantio deve se intensificar nesta segunda quinzena de abril, estendendo-se até meados de julho. Em termos nacionais, de acordo com dados da Conab, a área destinada ao trigo na safra 2019/20 pode ficar em linha com a da temporada anterior, em 2,04 milhões de hectares. Em relação às negociações, no Brasil, ainda seguem em ritmo lento. Cenário diferente tem sido registrado na Argentina, onde as comercializações do trigo para a temporada 2019/20 – safra que deve começar a ser semeada em maio – estão aquecidas. Dados da Bolsa de Rosário reportaram que as vendas antecipadas do cereal já totalizam 600 mil toneladas, volume recorde para o país vizinho. No entanto, as negociações da atual safra, especialmente para exportação, vêm caindo mês a mês, desde dezembro de 2018.
MAÇÃ: MERCADO DA FUJI SEGUE TRAVADO
Os negócios de maçã fuji estão em ritmo lento, de acordo com pesquisadores do Hortifruti/Cepea. Para produtores e atacadistas, uma das razões para a baixa liquidez é a menor demanda pela fruta nos pontos finais de venda, como o varejo, o que impede que os demais elos da cadeia de comercialização escoem as maçãs com maior agilidade. Outro motivo é a elevada concorrência com frutas da época, como caqui e poncã. Além disso, houve dificuldade no envio das frutas no início da semana passada, principalmente para o Rio de Janeiro, já que o excesso de chuvas prejudicou o escoamento. Nesse contexto, a cotação média da fuji graúda Cat 1 teve média de R$ 64,50/cx de 18 kg na semana passada, 5% inferior à do período anterior na região de São Joaquim (SC).