As negociações do açúcar cristal de melhor qualidade (Icumsa até 180) estiveram em ritmo lento no mercado spot do estado de São Paulo no começo da semana passada. Ao longo do período, porém, a demanda se aqueceu. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário, atrelado à oferta ainda restrita, fez com que os valores voltassem a subir e, na segunda-feira, 11, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou a R$ 144,67/saca de 50 kg, alta de 1,52% no acumulado desta parcial de outubro.
ETANOL: INDICADORES VOLTAM A SUBIR
As cotações dos etanóis hidratado e anidro voltaram a subir no estado de São Paulo. Entre 4 e 8 de outubro, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado fechou em R$ 3,3411/litro, alta de 1,49% frente ao período anterior. No caso do etanol anidro, o aumento foi de 0,86%, com o Indicador CEPEA/ESALQ fechando em R$ 3,8432/litro. Segundo pesquisadores do Cepea, a elevação veio do aquecimento dos negócios envolvendo o hidratado até o meio da semana passada. Distribuidoras atuaram de maneira mais ativa no mercado spot, devido à proximidade do feriado de 12 de outubro (Dia de Nossa Senhora Aparecida). Além disso, a expectativa do aumento do preço da gasolina nas refinarias pela Petrobras (SA:PETR4) também reforçou o comportamento de compradores, especialmente na sexta-feira, 8.
TRIGO: PRODUTORES DO RS INICIAM COLHEITA DE POSSÍVEL SAFRA RECORDE
A colheita do trigo foi iniciada no Rio Grande do Sul e segue avançando nas demais regiões do País, segundo indicam colaboradores do Cepea. Neste ano, a produção do cereal no estado sul-rio-grandense pode atingir 3,59 milhões de toneladas, um recorde, e acima da oferta do Paraná que, atualmente, sustenta a posição de maior produtor nacional. MERCADO INTERNO – De acordo com dados do Cepea, os preços no Brasil seguiram em direções opostas na última semana. No Paraná, onde a colheita está mais avançada, os preços recuaram, pressionados pela maior oferta. Por outro lado, a valorização do dólar favorece a alta nas cotações em algumas regiões, especialmente no mercado de lotes.
ARROZ: MERCADO INTERNO SEGUE LENTO; DÓLAR ALTO ELEVA EXPORTAÇÕES
Enquanto o mercado interno segue com baixa liquidez, em um ambiente de queda na produção industrial e de consequente pressão de demandantes sobre as cotações, vendedores se voltam às exportações, que estão aquecidas e favorecidas pelo dólar alto. O Indicador ESALQ/SENAR-RS do arroz 58% grãos inteiros caiu 1,26% entre 4 e 11 de outubro, encerrando a R$ 73,64/sc de 50 kg na segunda-feira, 11. Em setembro, os embarques brasileiros de arroz (em equivalente casca) somaram 130,2 mil toneladas, 13,7% a mais que em agosto/21 e expressivos 66,6% acima dos de setembro/20, segundo dados da Secex. Já as importações totalizaram 77,9 mil toneladas de arroz (equivalente casca) em setembro/21, volume 1,2% inferior ao de agosto, o quinto mês consecutivo de redução nas compras externas.