Na segunda-feira, 6, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal renovou o recorde nominal da série do Cepea, a R$ 139,59/saca de 50 kg – nesta parcial de setembro (até o dia 6), o avanço é de 1,62%. Agentes de usinas paulistas têm confirmado a menor produção de açúcar, devido às reduções no volume e na produtividade da cana – vale lembrar que fatores climáticos, como seca e geadas, prejudicaram as lavouras de cana-de-açúcar desta safra 2021/22. Segundo pesquisadores do Cepea, a demanda pelo cristal no mercado doméstico, por sua vez, foi menor no início de setembro frente ao observado no encerramento de agosto, quando a liquidez esteve aquecida.
ETANOL: INDICADORES SEGUEM EM ELEVAÇÃO
Os preços dos etanóis anidro e hidratado continuam em alta na região Centro-Sul, de acordo com dados do Cepea. Entre 30 de agosto e 3 de setembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou em R$ 3,2245/litro, aumento de 1,15% frente ao do período anterior. No caso do etanol anidro, o avanço foi de 0,9%, com o Indicador CEPEA/ESALQ fechando em R$ 3,8188/litro. Parte do segmento comprador seguiu cautelosa nas aquisições nos últimos dias da semana passada, mesmo diante da proximidade do feriado de 7 de setembro, quando a demanda pelo biocombustível tende a crescer. Do lado vendedor, poucas usinas participaram do mercado, mas os agentes ativos estiveram firmes nas ofertas. Boa parte segue atenta às estimativas de quebra de produção na safra 2021/22.
ARROZ: VENDAS INTERNAS ESTÃO FRACAS, MAS EXPORTAÇÕES SEGUEM FIRMES
Enquanto no mercado nacional as vendas de arroz em casca estão lentas, o que tem resultado em quedas nos valores, as exportações da matéria-prima apresentam bom ritmo. No geral, segundo informações do Cepea, a demanda interna por parte dos setores atacadistas e varejistas está enfraquecida, devido ao atual patamar de preços e ao menor poder de compra da maior parte da polução. Diante disso, agentes do setor consultados pelo Cepea relatam que indústrias reduziram o ritmo de compra de novos lotes da matéria-prima para beneficiamento. Quanto às exportações, em agosto/21, somaram 114,54 mil toneladas (em equivalente casca), superando em 19,5% o volume de julho/21, de acordo com a Secex. Além disso, trata-se da maior quantidade escoada pelo Brasil desde outubro/20 (quando 153,5 mil toneladas foram embarcadas).
TRIGO: RITMO DE NEGÓCIOS ESTÁ LENTO; PREÇOS ESTÃO PRATICAMENTE ESTÁVEIS
Compradores nacionais de trigo, à espera da intensificação da colheita da nova safra nas principais regiões produtoras e do consequente enfraquecimento dos preços, estão afastados do mercado spot. Vendedores, por sua vez, seguem atentos ao campo. Assim, segundo informações do Cepea, o ritmo de negócios está lento, e os preços estão praticamente estáveis. IMPORTAÇÕES – De acordo com os dados preliminares da Secex, nos 22 dias úteis de agosto, foram importadas 594,13 mil toneladas de trigo, contra 595,33 mil toneladas em agosto/20. Em relação ao preço de importação, a média de agosto/21 esteve em US$ 276,3/t FOB origem, 23,1% acima da registrada no mesmo mês de 2020 (de US$ 224,5/t).