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Açúcar: Preço Interno Volta a Remunerar Mais que Exportação

Publicado 09.06.2020, 10:08
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A média semanal dos preços do açúcar cristal no mercado spot de São Paulo está em alta neste início de junho. No início da semana passada, a movimentação foi calma, e algumas usinas chegaram a ceder um pouco nos valores de suas ofertas. Com o passar dos dias, no entanto, as negociações foram se aquecendo, e maiores volumes do cristal para pronta entrega foram captados pelo Cepea. De 1ª a 5 de junho, a média do Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, foi de R$ 76,43/saca de 50 kg, avanço de 1,29% em relação à média registrada entre 25 e 29 de maio. Durante todo o mês de maio, cálculos do Cepea mostraram que o mercado externo remunerou mais que o spot paulista. Na primeira semana de junho, no entanto, a alta dos preços domésticos do açúcar foi suficiente para recuperar a vantagem sobre as exportações, por mais que as cotações do açúcar demerara na Bolsa de Nova York também tenham subido nos últimos dias. Apesar dessa inversão de cenário, as exportações de açúcar continuam aquecidas, e a tendência de algumas usinas é de diminuir a quantidade de cristal ofertada no mercado spot.

ETANOL: PROCURA FIRME SUSTENTA MOVIMENTO DE ALTA DOS PREÇOS EM SP

Os preços dos etanóis subiram por mais uma semana no mercado paulista – essa foi a sexta alta consecutiva para o hidratado e a quinta para o anidro. Segundo colaboradores do Cepea, essa sequência de valorizações dos biocombustíveis em São Paulo é reflexo do aumento gradativo da demanda nas últimas semanas, com a flexibilização das normas adotadas para conter a transmissão da covid-19. Segundo colaboradores do Cepea, a boa vantagem do biocombustível frente à gasolina C nas bombas vem dando suporte às cotações. Com isso, volumes mais expressivos têm sido negociados no estado de São Paulo – e nem mesmo a elevada entrada de etanol de outros estados tem freado as altas no mercado paulista. Entre 1º e 5 de junho, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado foi de R$ 1,6220/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), alta de 6% em relação ao da semana anterior. No caso do etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 1,8059/litro (sem PIS/Cofins), aumento de 8,53% no mesmo comparativo.

TRIGO: PREÇOS SOBEM NA MAIORIA DAS PRAÇAS, MAS RECUO DO DÓLAR PRESSIONA EM ALGUMAS REGIÕES

Os preços do trigo seguem em alta na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea, sustentados pela baixa oferta doméstica. Em algumas praças, no entanto, os valores caíram nos últimos dias, pressionados pela desvalorização do dólar frente ao Real, o que permitiu que demandantes importassem trigo a valores menores. No mercado de derivados, considerando-se as médias da semana passada (de 1º a 5 de junho) e da anterior, praticamente todas as farinhas registraram valorizações. Colaboradores consultados pelo Cepea indicam que a demanda por farinhas para massas frescas/em geral e bolachas está aquecida, enquanto para as destinadas ao setor de panificação está mais baixa. Quanto aos farelos, a procura pelo derivado está maior – as vendas no Sul do País só não estão mais intensas por conta da escassez da matéria-prima.

ALFACE: COM QUALIDADE COMPROMETIDA NAS ROÇAS PAULISTAS, AMERICANA SE VALORIZA

As cotações da alface americana subiram nos últimos dias em Mogi das Cruzes (SP), visto que a oferta da variedade está menor por conta de problemas de qualidade, principalmente a murchadeira, doença favorecida por temperaturas mais baixas – vale ressaltar que a americana é  a variedade mais sensível. Com isso, houve aumento de 14,84% nos preços entre as duas últimas semanas, para R$ 10,68/cx com 12 unidades no período entre 1º e 5 de junho. Em Ibiúna (SP), a americana também registrou valores mais elevados na última semana, fechando o período com média de R$ 8,36/cx com 12 unidades, 9,13% acima da média da semana anterior. 

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