O ritmo das negociações envolvendo açúcar cristal branco foi baixo no mercado spot paulista por mais uma semana, com a liquidez total captada pelo Cepea menor que a da semana anterior. Por mais que a oferta interna dos tipos de melhor qualidade esteja restrita – visto que as usinas aumentaram o volume de açúcar direcionado às exportações –, a demanda interna não tem mostrado sinais de aquecimento, o que vem pressionando os valores domésticos. De 17 a 21 de julho, a média do Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 134,77/saca de 50 kg, queda de 2,84% em relação à da semana anterior (de R$ 138,71/sc). No comparativo das últimas duas sextas-feiras, a baixa foi de 1,45%.
ETANOL: PREÇOS SEGUEM EM QUEDA EM SP
As cotações dos etanóis anidro e hidratado continuam em baixa no mercado paulista, de acordo com informações do Cepea. O Indicador do hidratado CEPEA/ESALQ fechou em R$ 2,0965/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins) de 17 a 21 de julho, recuo de 4,19% frente à semana anterior. Quanto ao etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou a R$ 2,6409/litro, valor líquido de impostos (PIS/Cofins), queda de 1,73% no mesmo período. Segundo pesquisadores do Cepea, o cenário de baixa está atrelado à fraca demanda.
TRIGO: COTAÇÕES EXTERNAS SOBEM COM A SUSPENSÃO DO ACORDO DE EXPORTAÇÃO
Os preços externos do trigo subiram na última semana após a suspensão do acordo de exportação de grãos pelo Mar Negro entre Rússia e Ucrânia, devido à não renovação por parte da Rússia – que alegou que a parte relativa ao país não estaria sendo cumprida. Esse cenário eleva as preocupações relacionadas à disponibilidade do cereal para suprir a demanda mundial. No mercado interno, conforme dados levantados pelo Cepea, as cotações do cereal também subiram, influenciadas pela alta externa. No entanto, é importante ressaltar que a Ucrânia não está entre as principais origens do trigo importado pelo Brasil e que a produção nacional cresceu nas últimas safras.
MAÇÃ: VALORES DA MAÇÃ NACIONAL AUMENTAM NO PRIMEIRO SEMESTRE
No primeiro semestre de 2023, os preços das maçãs nacionais estiveram superiores aos do mesmo período de 2022. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, apesar da maior colheita, esse cenário esteve relacionado ao atraso do início das atividades no campo, o que garantiu preços bastante elevados nos primeiros meses do ano. Além disso, a oferta de miúdas está menor que a da campanha anterior. De acordo com levantamento do Hortifruti/Cepea, a gala 110 Cat 1 foi vendida na média de R$ 102,98/cx de 18 kg nas regiões classificadoras na primeira metade do ano, aumento de 5% frente ao primeiro semestre de 2022, e a 165 Cat 1, por R$ 92,72/cx de 18 kg, alta de 38% no mesmo comparativo. Para a fuji, a média da 110 Cat 1 foi de R$ 115,49/cx de 18 kg, valor 16% superior; e para a 165 Cat, de R$ 87,00/cx de 18 kg, alta de 24%. Vale ressaltar que essa variedade enfrentou maiores entraves climáticos no período de desenvolvimento dos pomares do que a gala.