Desde o encerramento de outubro, o Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, vem fechando na casa dos R$ 100/saca de 50 kg. Com isso, esse Indicador se aproxima do recorde nominal, de R$ 100,92/saca, registrado em 28 de outubro de 2016. De acordo com pesquisadores do Cepea, o suporte vem das exportações aquecidas ao longo deste ano, que têm limitado a disponibilidade doméstica do adoçante. Esse cenário é verificado mesmo com a maior produção de açúcar na atual safra 2020/21. Segundo a Secex (Secretaria de Comércio Exterior), de janeiro a setembro de 2020, o Brasil exportou 21,22 milhões de toneladas, 68,24% a mais que no mesmo período de 2019.
ETANOL: INDICADORES SEGUEM EM ALTA EM SP
Entre 26 e 30 de outubro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado (preço ao produtor) fechou a R$ 2,0570/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), avanço de 0,58% em relação ao da semana anterior. No caso do anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 2,4264/litro (sem PIS/Cofins), aumento de 1,98% no mesmo comparativo. Os preços do hidratado em São Paulo seguem em movimento ascendente há seis semanas e os do anidro, há sete. Segundo pesquisadores do Cepea, os vendedores seguiram firmes nas ofertas e alguns poucos estiveram fora do mercado. Ainda assim, o volume negociado de etanol hidratado foi grande. Agentes de distribuidoras seguiram adquirindo novos volumes e retirando produtos comprados nas semanas anteriores.
TRIGO: VENDEDOR SE MANTÉM RETRAÍDO E MÉDIAS DE OUTUBRO SOBEM
A retração de vendedores, a postura mais ativa de compradores e o dólar elevado, que encarece as importações, mantiveram os preços do trigo em alta no Brasil em outubro. Segundo pesquisadores do Cepea, agentes da indústria moageira seguem adquirindo lotes pontuais de trigo e muitos já mostram dificuldades em repassar os atuais custos elevados do cereal aos derivados (farinhas e farelos). Levantamento do Cepea mostra que, em outubro, o valor médio do trigo no mercado disponível (negociações entre empresas) no Paraná foi de R$ 1.286,02/tonelada, aumento expressivo de 11% frente ao de setembro e 54,5% acima do verificado em outubro/19, em termos nominais. Para o Rio Grande do Sul, a média foi de R$ 1.221,10/t, elevações de 1,9% em relação à de setembro e de 63,6% frente à de outubro/19.
ALGODÃO: ALTA DO INDICADOR EM OUTUBRO CHEGA 26%
O Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, subiu expressivos 25,7% no acumulado de outubro, fechando a R$ 4,0559/lp no dia 30. Esse foi o avanço mensal mais intenso desde agosto de 2010. Segundo pesquisadores do Cepea, com vendedores priorizando os embarques da pluma e o fechamento de novos negócios para exportação, compradores brasileiros com interesse imediato precisaram elevar com certa frequência os valores para conseguir adquirir novos lotes. Em alguns casos, demandantes até cederam na qualidade. Tradings também estiveram ativas no mercado doméstico, especialmente na segunda metade de outubro, e as fábricas puderam se abastecer – mesmo que para o curto prazo –, havendo melhora na comercialização neste período.