Os valores do açúcar cristal continuam firmes no mercado spot paulista neste início de mês. No acumulado da parcial de dezembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do cristal, cor Icumsa de 130 a 180, registra pequena alta de 0,09%, fechando a R$ 110,89/saca de 50 kg nessa segunda-feira, 7. Segundo pesquisadores do Cepea, a oferta, em especial para o tipo de melhor qualidade (Icumsa 150), continua reduzida. A demanda, por sua vez, também segue sem fortes aquecimentos.
ETANOL: LIQUIDEZ É BAIXA E PREÇO CAI PELA SEGUNDA SEMANA
O mercado spot paulista de etanol seguiu com baixa liquidez e com os preços em queda. Entre 30 de novembro a 4 de dezembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado (preço ao produtor) fechou a R$ 2,0548/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), 0,77% inferior ao anterior – esta foi a segunda semana consecutiva de baixa. Para o anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 2,4119/litro (sem PIS/Cofins), recuo de 0,27% no mesmo comparativo – neste caso, a maior demanda dos estados nordestinos não foi suficiente para dar sustentação ao preço. De acordo com pesquisadores do Cepea, algumas usinas com necessidade de fazer caixa acabaram cedendo nos preços de venda do etanol. Já outras unidades estiveram fora do mercado, apenas estocando o produto para negociá-lo na entressafra. Parte das distribuidoras, por sua vez, segue retirando volumes adquiridos em períodos anteriores.
TRIGO: VALORES SEGUEM EM QUEDA NO BR
Os valores do trigo continuam em queda no mercado brasileiro. Entre 30 de novembro e 7 de dezembro, os preços do trigo no mercado disponível (negociação entre empresas) caíram 0,3% no Rio Grande do Sul e 0,74% no Paraná, fechando nessa segunda-feira, 7, a R$ 1.297,04/tonelada e a R$ 1.324,25, respectivamente. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão vem do aumento da oferta do cereal. Muitos produtores brasileiros têm elevado o interesse em comercializar o trigo, diante da desvalorização do dólar frente ao Real e do avanço da colheita na Argentina. Do lado da demanda, a aproximação do final do ano e a consequente redução das atividades da indústria moageira fazem com que compradores sigam retraídos, adquirindo apenas o necessário para o curto prazo. Diante disso, a liquidez doméstica está limitada.
MELÃO: DEMANDA AUMENTA E PREÇOS SOBEM
Após baixas consecutivas, o preço do melão amarelo subiu nas regiões produtoras na primeira semana de dezembro (de 30/11 a 4/12), de acordo com dados do Hortifruti/Cepea. No geral, houve pouca alteração da oferta no Rio Grande do Norte/Ceará; porém, a procura aumentou. Assim, a variedade tipos 6 e 7 foi vendida por R$ 22,36/cx de 13 kg, alta de 12% frente à semana anterior. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, o aumento da demanda pode ter ocorrido pela atração dos consumidores pelos preços mais baixos que vinham sendo praticados e, ao mesmo tempo, pelo período inicial do mês, diante do maior poder de compra do consumidor.