Os preços do açúcar cristal branco negociado no spot do estado de São Paulo caíram na maior parte da última semana. Segundo pesquisadores do Cepea, representantes de vendas de algumas usinas foram mais flexíveis em baixar os valores de suas ofertas, o que elevou a liquidez. No balanço de 12 a 16 de agosto, a média do Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, foi de R$ 130,14/saca de 50 kg, queda de 1,23% frente à do período anterior. Pesquisadores do Cepea explicam que, há algumas semanas, a demanda no spot não tem mostrado sinais de aquecimento, o que, por sua vez, pode ser reflexo das vendas em menor volume no varejo. Além disso, nas últimas duas safras, parte das indústrias vem buscando garantir o abastecimento por meio de contratos em detrimento de negociar o adoçante no spot.
ETANOL: Indicadores voltam a cair em SP
Os preços dos etanóis voltaram a cair na última semana no mercado paulista, conforme levantamentos realizados pelo Cepea. Para o hidratado, o Indicador CEPEA/ESALQ teve média de R$ 2,5977/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins) entre 12 e 16 de agosto, recuo de 1,35% frente à do período anterior. No caso do anidro, a baixa foi de 2,15% em igual comparativo, com o Indicador a R$ 2,9473/litro (líquido de PIS/Cofins). Segundo pesquisadores do Cepea, distribuidoras atuaram de maneira tímida, focadas na retirada de volumes envolvidos em fechamentos anteriores e, quando participavam do mercado, pressionavam por valores mais baixos. Do lado vendedor, pesquisadores do Cepea explicam que a atenção ainda recai sobre as condições climáticas para a cana, com a volta das altas temperaturas e do clima seco. Quanto aos preços, alguns vendedores acabaram cedendo um pouco em algumas regiões. Apesar do ritmo lento de negócios, dados monitorados semanalmente pelo Cepea mostram que a quantidade de etanol hidratado vendida na parcial de agosto (últimas três semanas) já supera em mais de 100% a comercializada em semanas equivalentes de agosto/23.
TRIGO: Importações estão próximas de volume adquirido em todo ano passado
Agentes de indústrias têm dado maior atenção às importações de trigo, que, na parcial de 2024, já são praticamente iguais às de todo o ano de 2023. Segundo pesquisadores do Cepea, além da forte recuperação dos preços internos do cereal, impulsionados pelas menores produção e qualidade do trigo na safra colhida em 2023 e pelos bons volumes de exportações especialmente em 2024, estimativas da Conab apontam que os estoques finais em julho/24 devem ser suficientes para menos de três semanas de consumo. Nos sete primeiros meses do ano, as importações brasileiras passam de quatro milhões de toneladas, contra 4,2 milhões em todo o ano de 2023. Em 12 meses, chegaram aos portos nacionais 5,7 milhões de toneladas de trigo, sendo o maior volume acumulado a cada 12 meses desde dezembro/22 – dados Secex.