Apenas alguns lotes de açúcar da temporada 2018/19, que começou oficialmente neste mês, têm sido captados pelo Cepea nas negociações do mercado spot. Assim, as cotações do cristal continuam subindo. O Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 até 180, fechou a R$ 55,07/saca de 50 kg nessa segunda-feira, 16, elevação de 1,14% entre 9 e 16 de abril. Por outro lado, até o final deste mês, espera-se que a maioria das usinas de São Paulo consultada pelo Cepea já esteja em operação. Esse possível aumento da oferta de açúcar da nova safra pode inverter a tendência de alta no mercado spot. Além disso, as desvalorizações externas do demerara também podem pressionar os valores internos.
ETANOL: VALORES CAEM COM FORÇA EM SP
As cotações dos etanóis anidro e hidratado registraram queda significativa no mercado spot paulista. Segundo informações do Cepea, a moagem da nova temporada 2018/19 e a necessidade de “fazer caixa” por parte de algumas usinas pressionaram as cotações dos produtos. Entre 9 e 13 de abril, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado foi de R$ 1,5212/litro, recuo de 7,8% frente ao do período anterior. No caso do etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou em R$ 1,6955/litro entre 9 e 13 de abril, baixa de 9,29% em relação ao anterior. Para o anidro, pesou também o volume disponível para venda no mercado spot da produção da safra 2017/18 (previsto na Resolução n. 67 da ANP).
TRIGO: PREÇOS CONTINUAM EM ALTA, MESMO COM ESTOQUE MUNDIAL RECORDE
As cotações do trigo estão subindo nos mercados internacional e brasileiro, embora projeções indiquem estoques mundiais recordes na atual temporada. Pesquisadores do Cepea indicam que as elevações no Brasil estão atreladas à postura firme de vendedores e, nos Estados Unidos, a influência vem da maior procura e do clima desfavorável às lavouras de inverno. Quanto aos derivados de trigo, apesar das recentes altas, vendedores ainda aguardam novos aumentos nas próximas semanas.
BATATA: MAIOR OFERTA NO SUL PRESSIONA COTAÇÕES
A batata padrão ágata especial se desvalorizou 18,86% nos atacados paulistanos, negociada a R$ 59,14/sc de 50 kg na semana passada, conforme dados do Hortifruti/Cepea. A queda se deve à maior oferta, principalmente nas regiões do Sul do País, como Guarapuava (PR), Água Doce (SC) e Bom Jesus (RS), e à menor qualidade do produto. Quanto à oferta nas praças mineiras, já diminuiu consideravelmente. No sul de Minas, por exemplo, a safra está praticamente encerrada, e a região deve se intensificar novamente apenas em maio, com o início da temporada das secas. A amplitude nos preços continua e foi de R$ 30,00/sc a R$ 80,00/sc na semana passada. Os problemas maiores com qualidade estão relacionados à pele escura e ao tamanho miúdo.