Os preços médios do açúcar cristal estão firmes no mercado spot do estado de São Paulo neste começo de safra 2021/22. Segundo pesquisadores do Cepea, embora algumas usinas paulistas já tenham iniciado a moagem neste início de abril, estas unidades ainda não estão ofertando o cristal obtido desta nova safra. Assim, a pequena oferta disponível no spot é de açúcar da temporada passada, 2020/21. A demanda também está limitada, com compradores esperando aumento na oferta nas próximas semanas e, consequentemente, redução nos preços domésticos. No acumulado da parcial de abril, o Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, subiu 1,06%, fechando a R$ 105,25/saca de 50 kg nessa segunda-feira, 12.
ETANOL: DEMANDA SE AQUECE, E PREÇOS REGISTRAM PEQUENO AUMENTO
Os valores dos etanóis hidratado e anidro subiram na última semana no estado de São Paulo. De 5 a 9 de abril, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou a R$ 2,3740/litro, alta de 2,5% em relação ao período anterior. No caso do etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 2,6367/litro, com avanço ainda maior, de 4,42%. De acordo com pesquisadores do Cepea, a sustentação veio da demanda um pouco mais aquecida. Além disso, a oferta do biocombustível ainda está baixa neste início de safra 2021/22 na região Centro-Sul – algumas usinas postergaram o começo da moagem, tendo em vista o clima desfavorável à colheita em algumas regiões paulistas.
TRIGO: AGENTES VOLTAM ATENÇÕES A ESTIMATIVAS APONTANDO MAIOR OFERTA
Moinhos consultados pelo Cepea se mostram abastecidos, sem necessidade de novas aquisições no curto prazo. Além disso, esses agentes indicam que o fluxo de negociações dos derivados está relativamente lento. Vendedores de trigo, por sua vez, estão resistentes nos preços pedidos por novos lotes. Nesse cenário, as negociações seguem lentas, e agentes voltam as atenções a estimativas indicando crescimento na oferta brasileira de trigo na safra deste ano. Segundo a Conab, a área nacional de trigo deve aumentar 1,6% na temporada 2021/22 em relação à anterior e a produtividade, 0,6%, resultando em produção de 6,37 milhões de toneladas, 2,2% maior que safra passada.
BANANA: PREÇO DA NANICA RECUA, MAS O DA PRATA AUMENTA
A banana nanica seguiu em desvalorização nas regiões produtoras na semana passada (de 05 a 09/04). A variedade de primeira qualidade foi a R$ 1,06/kg, em média, no Vale (SA:VALE3) Ribeira (SP), 13% menor que no período anterior. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, isso se deve ao aumento da produção nessa praça, uma das maiores produtoras nacional da variedade, e também no Paraná, mesmo que em menor proporção. Além disso, agentes relataram que o aumento esperado das vendas no início do mês não foi observado, provavelmente por conta das restrições para frear o avanço da covid-19. O preço da banana prata, por sua vez, subiu no período, devido à limitada oferta nacional, por conta do período de entressafra. No norte de Minas Gerais, a prata anã de primeira qualidade teve média de R$ 2,36/kg, avanço de 4% na mesma comparação.