Segundo pesquisas do Cepea, a comercialização do açúcar cristal seguiu calma no mercado spot paulista por mais uma semana. De maneira geral, não têm sido observadas mudanças significativas que possam causar oscilações mais expressivas nos preços médios. A oferta de açúcar por parte das usinas não tem sido volumosa, assim como é fraca a demanda de compradores. A maior movimentação no mercado são as entregas do açúcar contratado em períodos anteriores. A média do Indicador do açúcar cristal CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, de 21 a 25 de janeiro, foi de R$ 69,02/saca de 50 kg, pequena alta de 0,34% em relação à registrada no período de 14 a 18 de janeiro (R$ 68,78/saca de 50 kg).
ETANOL: PREÇOS RECUAM PELA 4ª SEMANA CONSECUTIVA
Apesar de o volume negociado de etanol hidratado ter crescido na última semana, os valores do produto recuaram pela quarta semana consecutiva, de acordo com pesquisas do Cepea. Entre 21 e 25 de janeiro, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado fechou a R$ 1,5590/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), com variação negativa de 2,83% em relação à semana anterior. No caso do etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 1,7421/litro (sem PIS/Cofins), queda de 2,86% no mesmo período. Segundo levantamento do Cepea, os novos recuos aconteceram em um cenário de altos estoques das usinas, que apostaram em preços mais elevados nesta entressafra. Do lado comprador, os negócios foram feitos aproveitando as melhores oportunidades de preços.
TRIGO: BAIXA DISPONIBILIDADE E INTERESSE COMPRADOR SUSTENTAM COTAÇÕES
As cotações de trigo estão firmes no Brasil, segundo pesquisas do Cepea, devido à baixa disponibilidade do produto interno e ao maior interesse de compradores, mesmo que pontualmente. No geral, porém, a liquidez segue baixa. No mercado interno, ainda permanece a “queda de braço” entre compradores e vendedores. Enquanto de um lado há a expectativa de que moinhos voltem às compras para repor estoques, de outro, há incertezas sobre o interesse de aquisição do produto nacional, ou se haverá prioridade para as importações. Portanto, os preços ainda devem oscilar, indicando que o mercado deve buscar uma tendência até que a nova safra esteja disponível.
TOMATE: PREÇOS CAEM COM FORÇA NA CEAGESP E NA CEASA
De 21 a 25 de janeiro, os preços do tomate salada longa vida caíram com força. As quedas mais expressivas foram na Ceagesp de São Paulo, de 31% (R$ 38,00/cx de 20 kg), e na Ceasa de Campinas (SP), de 25% (R$ 39,00/cx). Esse cenário se deve ao excedente de oferta, em função das elevadas temperaturas que estão acelerando a maturação dos frutos, e também à concentração da safra de verão. Vale ressaltar que produtores de Caçador (SC), uma das regiões que mais oferta no momento, estão descartando tomates que já estão maduros, não compensando o custo para comercializá-los. Além de acelerar a maturação, o clima quente e as chuvas prejudicam ainda mais o fruto, deixando-o manchado e mais suscetível a doenças. Os tomates que chegaram aos atacados mais maduros foram vendidos por até R$ 5,00/cx, de acordo com atacadistas consultados pelo Cepea. Com as altas temperaturas, é possível que nos próximos dias os preços ainda se mantenham baixos.