Em pleno andamento da safra 2020/21 e com maior produção de açúcar, o preço da saca de 50 kg do cristal, praticado no mercado spot do estado de São Paulo, está na casa dos R$ 88, patamar nominal que não era visto desde meados de janeiro de 2017, período de entressafra de 2016/17. A desvalorização do Real frente ao dólar, desde o início da atual temporada, tem estimulado o aumento das exportações e, consequentemente, diminuído a oferta no spot paulista. Assim, usinas paulistas buscam elevar os preços pedidos na venda do adoçante. Entre 21 e 28 de setembro, o Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, avançou 2,5%, fechando a R$ 88,23/saca de 50 kg nessa segunda-feira, 28.
ETANOL: INDICADOR DO HIDRATADO VOLTA A SUBIR
Os valores do etanol hidratado voltaram a subir no estado de São Paulo, depois de caírem por dois períodos seguidos. No caso do anidro, os valores avançaram pela segunda semana consecutiva. Pesquisadores do Cepea indicam que o suporte veio da paralisação pontual da moagem por parte de algumas usinas do estado de São Paulo no início da semana passada, devido a chuvas. Além disso, muitas unidades voltaram a ofertar o etanol a preços mais elevados. Entre 21 e 25 de setembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado foi de R$ 1,8290/litro, avanço de 3,82% frente ao da semana anterior. No caso do etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou em R$ 2,1107/litro, aumento de 1,21% na mesma comparação.
TRIGO: COLHEITA AVANÇA, MAS VALORES VOLTAM A SUBIR NO PARANÁ
A colheita do trigo avança no Paraná, mas os preços do cereal voltaram a subir no estado. Segundo pesquisadores do Cepea, produtores estão afastados do mercado, atentos ao baixo volume de chuvas, que deve prejudicar a qualidade do cereal e reduzir a oferta frente ao estimado anteriormente. Já no Rio Grande do Sul, os valores estão mais enfraquecidos. Entre 21 e 28 de setembro, as cotações do trigo no mercado de lotes (negociações entre empresas) subiram 2,65% no Paraná, mas caíram 5,45% no Rio Grande do Sul, fechando, respectivamente, a R$ 1.171,22/tonelada e a R$ 1.145,53/t.
BANANA: DEMANDA ELEVA PREÇO DA NANICA NO SEMIÁRIDO
A banana nanica se valorizou novamente no Semiárido brasileiro na semana passada (de 21 a 25/09). Segundo agentes consultados pelo Hortifruti/Cepea, além da baixa oferta nacional, a procura pela variedade se manteve elevada na região. Houve boa demanda principalmente de mercados que antes compravam do Sul e do Sudeste (que tiveram suas produções afetadas por fatores climáticos), mas, agora, estão buscando por frutas do Semiárido – os principais compradores são Paraná, Santa Catarina e interior de São Paulo. Assim, no Norte de Minas Gerais, os preços da banana nanica de primeira qualidade subiram 16%, com média de R$ 2,25/kg na semana passada.