A liquidez no mercado spot de açúcar está baixa no estado de São Paulo neste começo de fevereiro. Segundo pesquisadores do Cepea, poucos fechamentos envolvem maiores quantidades do adoçante. Enquanto a demanda está fraca, do lado vendedor, as usinas com maior necessidade de desovar os estoques baixam os valores de suas ofertas. Diante disso, nestes primeiros dias de fevereiro (até o dia 8), o Indicador CEPEA/ESALQ acumula queda de 2,36%, fechando a R$ 106,04/saca de 50 kg nessa segunda-feira, 8.
ETANOL: VOLUME NEGOCIADO CRESCE, MAS PREÇO REAGE TIMIDAMENTE
As negociações envolvendo etanol no mercado spot do estado de São Paulo estiveram mais aquecidas na primeira semana deste mês. Apesar disso, os preços do biocombustível avançaram de forma tímida. Entre 1º e 5 de fevereiro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado (preço ao produtor) fechou a R$ 2,1321/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), pequena alta de 0,23% em relação ao da semana anterior – trata-se da menor variação semanal deste ano. Distribuidoras consultadas pelo Cepea retornaram ao mercado, adquirindo produto para repor estoques. Do lado vendedor, o posicionamento firme dos vendedores também deu suporte aos preços.
TRIGO: LIQUIDEZ INTERNA É BAIXA; IMPORTAÇÃO AUMENTA
A baixa disponibilidade de trigo e o ritmo lento de negócios no mercado brasileiro levaram as indústrias a intensificarem as importações do cereal em janeiro. No mercado de lotes, colaboradores do Cepea relataram negócios pontuais, no intuito de liberar espaço em armazéns para a entrada da safra de soja. Do lado consumidor, moinhos estão atentos à chegada de trigo importado nas próximas semanas. Dados da Secex apontam que o total adquirido em janeiro foi de 643,9 mil toneladas, volume 127,1% superior ao de dezembro/20, mas 0,6% abaixo do de janeiro/20.
MANGA: SAFRA PAULISTA ESTÁ PRATICAMENTE ENCERRADA; PREÇOS SOBEM
A safra de manga está praticamente encerrada na região de Monte Alto/Taquaritinga (SP). A partir de agora, apenas poucos volumes de palmer devem ser colhidos, o que deve terminar na segunda quinzena de fevereiro. Segundo pesquisadores do Hortifruti/Cepea, com a disponibilidade bastante reduzida, os preços estão subindo. Na semana passada (de 1º a 5 de fevereiro), o aumento foi de 9% frente ao período anterior, com média de R$ 1,47/kg. As cotações devem seguir em elevação, devido à oferta restrita nesta praça e em outras regiões produtoras do País. Para a indústria, os volumes enviados estão baixos. Mesmo com os preços pagos sendo os mais altos dos últimos anos, a escassez no mercado in natura permite comercialização, até mesmo das frutas de menor qualidade, a valores superiores aos das processadoras.