O Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal (cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista) manteve-se na casa dos R$ 58/saca de 50 kg ao longo da última semana. Segundo colaboradores do Cepea, usinas paulistas mostraram-se mais firmes com relação aos preços das negociações do cristal e o volume ofertado também foi um pouco menor. Esse cenário pode ser reflexo do andamento da safra paulista 2019/20, que segue com maior mix de produção para o etanol em detrimento do açúcar. De 29 de julho a 2 de agosto, a média do Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 58,51/saca de 50 kg, ligeira alta de 0,35% em relação à de 22 a 26 de julho (R$ 58,31/saca de 50 kg). Em julho, a média do Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 59,70/saca de 50 kg, 4,56% menor do que a de junho (R$ 62,55/sc). Apesar do recuo, os preços médios no acumulado da atual temporada 2019/20 (de abril/19 a julho/19) seguem acima dos observados no mesmo período da safra anterior, em termos reais.
ETANOL: PREÇOS SE MANTÊM FIRMES PELA 5ª SEMANA SEGUIDA
A demanda por etanol continuou aquecida por parte de alguns compradores nos últimos dias, mas o volume negociado de etanol hidratado foi bastante menor se comparado ao da semana anterior. Mesmo assim, os preços ficaram firmes pela quinta semana consecutiva. De acordo com colaboradores do Cepea, compradores estavam retirando o produto adquirido anteriormente e as bases de descarga estavam bastante abastecidas. Do lado das usinas, boa parte seguiu firme nos preços de vendas neste momento de entrada do período de pico de colheita. Entre 29 de julho e 2 de agosto, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou a R$ 1,7253/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), pequena alta de 0,56% em relação ao da semana anterior. No caso do etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 1,8992/litro (sem PIS/Cofins), aumento de 1,5% na mesma comparação.
TRIGO: DIFERENÇA ENTRE OS PREÇOS NO PR E NO RS DIMINUI
No aguardo do início da colheita da safra 2019/20, previsto para setembro, boa parte dos agentes permanece receosa quanto a novas negociações de trigo no mercado doméstico. Esse cenário tem mantido firmes os preços do trigo em grão neste início de agosto. Em julho, as cotações subiram com certa força, especialmente no Rio Grande do Sul, onde a demanda esteve mais aquecida por parte de moinhos de Santa Catarina. No mês passado, o preço médio no mercado de lotes registrou alta de 4,9% sobre o de junho no Rio Grande do Sul. Na mesma comparação, a elevação na média do Paraná foi menor, de 2,8%. Diante disso, a diferença entre os preços do trigo nesses dois estados diminuiu. Enquanto em fevereiro deste ano o preço médio no Paraná chegou a ficar 100,32 Reais/tonelada acima do verificado no Rio Grande do Sul, em julho, essa diferença caiu para 65,06 Reais/t. Na semana de 26 de julho a 2 de agosto, especificamente, as cotações no mercado de balcão (preço pago ao produtor) subiram 0,9% no Rio Grande do Sul e 0,2% no Paraná. No disponível (negociações entre empresas), houve alta de 1,3% no Rio Grande do Sul, mas recuo de 0,4% no Paraná.