O ritmo de negócios do açúcar cristal branco esteve lento ao longo da semana passada no estado de São Paulo. Segundo informações do Cepea, compradores estão trabalhando com o açúcar em estoque e recebendo cristal pré-negociado. Quanto às usinas, não estão fechando novas negociações para entrega imediata, uma vez que a safra 2023/24 está para começar. Entre 20 e 24 de março, a média do Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, foi de R$ 132,14/saca de 50 kg, praticamente estável em relação à da semana anterior (de R$ 132,15/sc).
ETANOL: PREÇO DO HIDRATADO FICA ESTÁVEL EM SP
O valor do etanol hidratado seguiu praticamente estável de 20 a 24 de março, conforme apontam dados do Cepea. O Indicador CEPEA/ESALQ semanal do etanol hidratado, segmento produtor do estado de São Paulo, fechou a R$ 2,6827/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins) no período, pequeno recuo de 0,29% frente ao anterior. De acordo com colaboradores do Cepea, compradores estão na expectativa do início das atividades da safra 2023/24 e do comportamento das cotações – se, de fato, o processamento começar dentro do programado, agentes já esperam oferta de produto em abril. Alguns vendedores, por sua vez, estão com postura firme.
TRIGO: COM AUSÊNCIA DE COMPRADOR, PREÇOS RECUAM NO BRASIL
As cotações do trigo estão em queda no mercado interno. Agentes de moinhos consultados pelo Cepea indicam estar abastecidos, e essa ausência de compradores pressionou os valores no Brasil. Vendedores, por sua vez, têm interesse em negociar, para liberar espaço em armazéns com a chegada da safra de verão. MERCADO INTERNACIONAL – As cotações externas também recuaram, devido ao avanço do acordo de exportação por meio do Mar Negro.
MELANCIA: PRODUTIVIDADE DEVE SE RECUPERAR NA SEGUNDA PARTE DA SAFRA 22/23 DA BA
A colheita da segunda parte da safra 2022/23 de melancias de Teixeira de Freitas (BA) deve se encerrar no final de abril/início de maio. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, agora o volume de frutas deve se estabilizar e, depois, iniciar um movimento de queda gradual. Até a terceira semana de março, o desempenho das lavouras nessa região baiana foi superior quando comparado ao de outras praças, sem grandes problemas fitossanitários, além do clima favorável para o desenvolvimento das plantas (quente e seco), junto à irrigação constante, que permitiu a colheita de melancias de alto calibre – atingindo até 18 kg por unidade. Apesar desse cenário favorável, tudo indica que a produtividade observada deve ser inferior ao potencial de Teixeira de Freitas, mas, ainda assim, será acima do verificado na segunda parte da safra passada.