Em outubro/19, a média do Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal (Icumsa de 130 a 180), no estado de São Paulo, foi de R$ 65,04/saca de 50 kg, 6,55% superior à de setembro (de R$ 61,04/sc). Segundo colaboradores do Cepea, representantes de usinas paulistas restringiram a oferta do cristal no spot no correr de outubro, após terem vendido um volume maior entre julho e setembro. Do lado comprador, a demanda foi suficiente para dar sustentação aos preços, apesar de não ter sido muito aquecida. Na última semana do mês, especificamente, a média dos valores do cristal voltou a registrar queda. Esse comportamento de baixa, ressalta-se, não esteve atrelado a um possível aumento de oferta. De 28 de outubro a 1º de novembro, a média do Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, foi de R$ 65,28/sc de 50 kg, queda de 0,55% em relação à de 21 a 25 de outubro (R$ 65,64/sc).
ETANOL: QUANTIDADE DE HIDRATADO COMERCIALIZADA EM OUT/19 É A 2ª MAIOR DA SÉRIE DO CEPEA
O volume de etanol hidratado negociado em outubro e captado pelo Cepea dobrou frente ao de setembro e foi o segundo maior de toda a série histórica. Em relação ao mesmo período de 2018, o aumento na quantidade comercializada foi de expressivos 25%. Segundo colaboradores do Cepea, o suporte segue vindo da demanda aquecida nos postos – a relação entre os preços do etanol hidratado e da gasolina C nas bombas do estado de São Paulo está bastante vantajosa para o biocombustível, mesmo com os aumentos de preço no segmento produtor nas últimas semanas. Em outubro, a média entre os preços dos dois combustíveis ficou em 65,1%, contra 64,4% em setembro, segundo dados da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Em outubro, a média das semanas cheias do Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado foi de R$ 1,8104/litro, 5,47% maior que a das semanas de setembro. Para o Indicador CEPEA/ESALQ do anidro, o Cepea também registrou alta, de 5,45%, com média de R$ 1,9832/litro, considerando-se somente o mercado spot. Por outro lado, as médias de outubro do hidratado e do anidro são, respectivamente, 2,5% e 3,8% menores do que as verificadas no mesmo mês de 2018, em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-M de outubro/19).
TRIGO: CHUVA PREOCUPA TRITICULTOR E SUSTENTA VALORES NO RS
Fortes chuvas no Rio Grande do Sul têm deixado agentes atentos às condições das lavouras, que podem registrar perdas. Segundo colaboradores do Cepea, por enquanto, produtores aguardam para avaliar possíveis estragos, mas esse cenário já tem sustentado os preços do cereal no estado sul-rio-grandense e limitado as quedas nos valores do trigo no Paraná. Já quando comparadas as médias estaduais mensais de setembro e outubro, os preços recuaram nos estados do Rio Grande do Sul (12,3%), Paraná (3,4%), São Paulo (1,7%) e Santa Catarina (0,6%).
ALFACE: CHUVA REDUZ OFERTA E PREÇO SOBE EM MG
O elevado volume de chuvas (com granizo em algumas localidades) em regiões produtoras de alface de Minas Gerais na última semana de outubro reduziram a oferta da folhosa, impulsionando as cotações. Vale lembrar que, até o início de agosto, a falta de precipitações no estado favorecia a produção, enquanto que em setembro, a estiagem comprometeu transplantio, irrigação e qualidade dos pés ofertados. Em outubro, a alface crespa produzida em MG teve preço médio de R$ 8,10/cx com 20 unidades, valorização de 24,7% frente ao de setembro. Neste início de novembro, o mercado mineiro deve ser abastecido por outras regiões, como Teresópolis (RJ). Assim, produtores aproveitam para armazenar água, com o objetivo de garantir um início satisfatório para a safra de verão.