Nessa segunda-feira, 9, o Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, fechou a R$ 103,23/saca de 50 kg, o maior patamar nominal da série histórica do Cepea, iniciada em 2003. Segundo pesquisadores do Cepea, a valorização no mercado paulista está atrelada à maior demanda pelo açúcar cristal, cor Icumsa de 130 a 180 – as negociações envolvendo esse tipo ocorrem em volumes maiores. Esses aumentos nos preços domésticos indicam escassez relativa de oferta de curto prazo, tendo em vista o aumento das exportações.
ETANOL: PREÇOS VOLTAM A CEDER NESTE INÍCIO DE NOVEMBRO
As cotações do etanóis anidro e hidratado recuaram na primeira semana de novembro, após uma sequência de sete e seis semanas consecutivas de altas, respectivamente, conforme indicam dados do Cepea. De 3 a 6 de novembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado (preço ao produtor) fechou a R$ 2,0540/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), pequena baixa de 0,14% em relação ao da semana anterior. No caso do etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 2,4018/litro (sem PIS/Cofins), recuo de 1,01% no mesmo período. Segundo pesquisadores do Cepea, os valores foram influenciados por um cenário de incertezas, como a situação política e econômica nos Estados Unidos, a segunda onda de casos de covid-19 na Europa e as variações mais intensas nos preços internacionais do petróleo. Além disso, compradores de grande porte estiveram afastados do mercado spot paulista na semana passada, por estarem estocados devido a aquisições realizadas em períodos anteriores.
TRIGO: ALTAS CONTINUAM; NEGOCIAÇÕES SÃO PONTUAIS
As cotações domésticas do trigo seguem apresentando altas consecutivas no Brasil, de acordo com dados do Cepea. Esses aumentos estão atrelados à retração de vendedores, que estão à espera de novos avanços, e aos preços recordes do milho, uma vez que são substitutos em ração animal. Nesse cenário, agentes da indústria moageira relatam dificuldades no repasse dos elevados custos do trigo aos derivados. Com isso, o fechamento de novos negócios tem sido pontual. CAMPO – A colheita do trigo está na reta final nos principais estados produtores. No Rio Grande do Sul, a Emater indicou que, até 5 de novembro, a colheita atingiu 78% da área, contra 65% no mesmo período de 2019.
MAMÃO: OFERTA RESTRITA ELEVA PREÇOS DO HAVAÍ NO ES E NA BA
Na primeira semana de novembro, os preços do mamão havaí subiram no norte do Espírito Santo e no sul da Bahia, se igualando aos do formosa – que já estavam mais elevados nas semanas anteriores. Segundo agentes consultados pelo Hortifruti/Cepea, esse cenário se deve à redução da oferta no período. As recentes chuvas atrapalharam a colheita em algumas localidades, devido à dificuldade para entrar com o maquinário na roça, e até atrasaram um pouco a maturação da fruta. Assim, o havaí tipo 12 a 18 foi comercializado por R$ 1,08/kg na média das praças capixaba e baiana, valorização de 108% em relação à semana anterior. Por conta dos baixos preços anteriores dessa variedade, o consumo esteve mais elevado que o do formosa nos últimos dias.