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Açúcar: Indicador do Cristal (SP) Acumulou Alta de 0,61% em Fevereiro

Publicado 10.03.2021, 15:44
SB
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O Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal (estado de São Paulo) acumulou alta de 0,61% em fevereiro, fechando a R$ 109,26/saca de 50 kg no dia 26. A média mensal foi de R$ 107,70/saca de 50 kg, 1,31% superior à de janeiro (R$ 106,31/sc) e 37,45% acima da média de fevereiro/20 (R$ 78,35/sc), em termos nominais. Na primeira quinzena, a demanda esteve retraída, e as usinas com maior necessidade de desovar estoques baixaram os valores pedidos. Já na segunda metade do mês, as usinas paulistas estiveram firmes quanto aos preços, além de restringirem a oferta de açúcar no mercado spot para atender a contratos, tanto para o mercado interno quanto para o externo, nessa entressafra 2020/21. Os preços do açúcar demerara negociados na ICE Futures seguiram em alta nas duas últimas semanas de fevereiro, tornando as exportações brasileiras do cristal mais remuneradoras do que as vendas internas, elevando os preços no spot.

Segundo a Unica, no acumulado da safra 2020/2021 (até o dia 16 de fevereiro), a moagem alcançou 598,12 milhões de toneladas de cana, 3,22% superior às 579,47 milhões de toneladas registradas no mesmo período do ciclo passado. O crescimento da produção de açúcar foi ainda maior: de 44,25%, com 38,21 milhões de toneladas fabricadas no atual ciclo, contra 26,49 milhões de toneladas no mesmo período da safra 2019/2020.

O mercado nordestino seguiu lento, principalmente na primeira quinzena do mês, com preços estáveis e demanda fraca. Com isso, o volume de açúcar negociado caiu. Segundo colaboradores, alguns compradores adquiriram o produto no Centro-Sul, visto que usinas menores já haviam vendido seus estoques de para o mercado interno. Já na última semana do mês, os preços estiveram mais firmes, com maiores volumes negociados. Algumas usinas ficaram fora do mercado, enquanto outras aumentaram os valores de suas ofertas. Com posição acumulada até o dia 15 de fevereiro, o Departamento Técnico do Sindaçúcar-AL divulgou, em seu último levantamento da safra 2020/21, que Alagoas processou mais de 14,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar no ciclo atual. Na comparação com o mesmo período da safra passada, quando o acumulado era de 15,3 milhões de toneladas de cana, houve recuo de 5,1% entre as duas safras. O levantamento também aponta que foram produzidas 1,2 milhão de toneladas de açúcar, praticamente o mesmo volume da safra passada, crescimento de apenas 0,1%.

Em fevereiro, o Indicador mensal CEPEA/ESALQ do açúcar cristal em Pernambuco foi de R$ 110,41/sc de 50 kg, altas de 3% frente a janeiro/2021 e de 35,39% em relação a fevereiro/2020, em termos nominais. Em Alagoas, o Indicador mensal foi de R$ 107,67/sc, aumentos de 0,51% em relação a janeiro/2021 e de 30,76% frente a fevereiro/2020, também em termos nominais. Na Paraíba, o Indicador mensal CEPEA/ESALQ do cristal foi de R$ 108,05/sc, altas de 2,22% em relação a janeiro/2021 e de 26,69% frente a fevereiro/2020.

Na ICE Futures, a elevação das cotações do açúcar demerara ao longo do mês esteve atrelada à percepção de escassez para o curto prazo. No Centro-Sul do Brasil, a maior região produtora do País, o início da moagem da safra 2021/22 pode atrasar, devido às condições climáticas. A Índia, o segundo maior produtor mundial de açúcar, continua com dificuldades para exportar devido à falta de contêineres. No entanto, vale ressaltar que esse país produziu 20,88 milhões de toneladas de açúcar na atual temporada 2020/21 (de 1º de outubro/20 a 15 de fevereiro/21), aumento de 23% frente ao mesmo período do ano anterior. As usinas indianas já contrataram 41% da cota de exportação para o atual ciclo. Já a Organização Internacional do Açúcar (OIA) elevou a projeção de déficit mundial na produção de açúcar para 4,8 milhões de toneladas, contra 3,5 milhões de toneladas na última projeção, devido às menores produções de União Europeia, Irã, Paquistão e Tailândia, o que reforçou o aumento das cotações internacionais do produto. Cálculos do Cepea indicaram que, em fevereiro, as vendas externas do açúcar remuneraram, em média, 1,60% a mais que as internas. Esse cálculo considera o valor médio do Indicador CEPEA/ESALQ e do vencimento Março/21 do Contrato nº 11 da Bolsa de Nova York (ICE Futures), prêmio de qualidade estimado em US$ 39,85/tonelada e custos com elevação e frete de US$ 39,27/tonelada.

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