O Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal, cor Icumsa de 130 a 180, atingiu R$ 117,23/saca de 50 kg na última quinta-feira, 10, o maior valor nominal de toda série histórica do Cepea para esse produto, iniciada em abril de 1997. De acordo com pesquisadores do Cepea, a demanda um pouco mais aquecida, o atraso do início da moagem no Centro-Sul do Brasil e a menor produtividade dos canaviais da região mantêm em alta os preços do açúcar cristal no estado de São Paulo. A baixa produtividade dos canaviais brasileiros também influencia as altas nas cotações do açúcar no mercado internacional.
ETANOL: NÚMERO DE NEGÓCIOS É BAIXO; INDICADORES SE MANTÊM ESTÁVEIS
Entre 7 e 11 de junho, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou a R$ 3,0004/litro, praticamente estável (+0,07%) frente ao do período anterior. No caso do etanol anidro, o aumento também foi pequeno, de apenas 0,2%, no mesmo comparativo, com o Indicador CEPEA/ESALQ fechando em R$ 3,4448/litro na semana passada. Segundo pesquisadores do Cepea, o número de negócios foi baixo ao longo da semana passada, devido à demanda um pouco enfraquecida. Agentes de usinas consultados pelo Cepea seguiram firmes nas ofertas de venda no início da semana, se mostrando mais flexíveis nos dias seguintes. Com a perda de competitividade do biocombustível nas bombas há seis semanas, alguns agentes do mercado têm relatado queda nas vendas de hidratado e aumento nas de gasolina C.
TRIGO: ALTO PREÇO DO TRIGO ESTIMULA AUMENTO NA ÁREA
Os preços do trigo seguem enfraquecidos no mercado brasileiro. Apesar disso, quando avaliados os últimos 12 meses, observa-se forte valorização do cereal. Segundo pesquisadores do Cepea, esse comportamento está em linha com os observados no mercado externo e na paridade de importação. E esse cenário, por sua vez, tem estimulado produtores a aumentarem a área com trigo no Brasil, especialmente na região Sul do País. Segundo dados da Conab, a previsão é de aumento de 8,1% na área com trigo em 2021 em relação à temporada de 2020, para 2,53 milhões de hectares. A produtividade pode crescer 3%, resultando em produção 11,3% maior, de 6,94 milhões de toneladas, o que seria um recorde.
MELANCIA: PREÇOS SOBEM 44% EM GO
Após algumas semanas de desvalorizações, as cotações da melancia voltaram a subir nos últimos dias. Em Uruana (GO), onde a produtividade segue satisfatória, o preço da graúda (> 12 kg) teve média de R$ 0,74/kg entre os dias 7 e 11 de junho, valorização de 44,3% frente à da semana anterior. Como consequência, as cotações no atacado também subiram, e a fruta de mesmo calibre foi negociada a R$ 1,73/kg na Ceagesp, avanço de 21,5% na mesma comparação. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, a valorização da melancia esteve atrelada ao menor volume de carregamentos, devido à finalização da safra em algumas roças de Goiás e ao início ainda lento no Tocantins. Para as próximas semanas, as cotações podem continuar rentáveis, diante da menor área a ser cultivada no Tocantins, o que deve controlar a oferta.