MERCADO PAULISTA – O Indicador do Açúcar Cristal CEPEA/ESALQ (estado de São Paulo) acumulou alta de 4,01% em novembro, fechando a R$ 68,53/saca de 50 kg no dia 30. A média mensal foi de R$ 67,74/saca de 50 kg, 5,24% superior à de outubro (R$ 64,37/saca de 50 kg) e 5,19% acima da de novembro/17 (R$ 64,40/saca de 50 kg), em termos nominais. O Indicador de Açúcar Cristal ESALQ/BVMF – Santos subiu 4,09% em novembro, fechando a R$ 68,92/saca de 50 kg no dia 30. A média mensal deste Indicador foi de R$ 67,37/saca de 50 kg, 3,89% superior à de outubro/18 (R$ 64,85/saca de 50 kg) e 3,96% acima da de novembro/17 (R$ 64,80/saca de 50 kg), em termos nominais.
Novembro apresentou a maior média de preços da temporada 2018/19. Isso porque as chuvas no correr do mês atrasaram a produção nas usinas e, consequentemente, reduziram a oferta do cristal no mercado spot. As unidades processadoras deram preferência à entrega de produto já contratado. Com relação ao andamento da moagem da cana-de-açúcar na região Centro-Sul, levantamento do Cepea indicou que pouco mais da metade das usinas consultadas (aproximadamente 56%) já havia encerrado as atividades até o final de novembro. As demais devem terminar a moagem já na primeira quinzena de dezembro, restando poucas processando na segunda quinzena do mês – neste caso, a maior parte nos estados do Paraná e de Mato Grosso do Sul.
NORDESTE – As negociações seguiram lentas no spot. Segundo colaboradores do Cepea, algumas usinas baixaram um pouco os valores de suas ofertas, com o objetivo de desovar seus estoques e também para “fazer caixa”. Somente na última semana do mês as negociações estiveram mais aquecidas, especialmente em Pernambuco e Alagoas. Segundo o Sindaçúcar de Alagoas, a produção de açúcar nesta safra 2018/19 (até 31 de outubro) neste estado foi de 351,5 mil toneladas, contra 144,32 mil na moagem passada, ou seja, forte crescimento de 143,56%.
Em novembro, o Indicador mensal do açúcar cristal CEPEA/ESALQ em Pernambuco teve média de R$ 64,09/sc de 50 kg, queda de 1,05% em comparação com outubro, mas alta de 6,16% frente a novembro/17, em termos nominais. Em Alagoas, o Indicador mensal foi de R$ 64,62/sc, elevações respectivas de 1,29% em relação a outubro e de 3,47% frente a novembro/17, também em termos nominais. Na Paraíba, o Indicador mensal do cristal CEPEA/ESALQ foi de R$ 54,65/sc, baixa de 0,27% na comparação com outubro, mas aumento de 4,71% em relação a novembro/17.
INTERNACIONAL – Mesmo com as previsões de um menor superávit na produção global de açúcar para a atual temporada 2018/19, as cotações do demerara não reagiram na Bolsa de Nova York (ICE Futures) em quase todo o mês de novembro. A Organização Internacional de Açúcar (OIA) revisou sua projeção para o superávit de açúcar na safra 2018/19, de 6,747 milhões de toneladas para 2,172 milhões de toneladas. A Associação Indiana de Usinas de Açúcar (Isma, na sigla em inglês) informou que a produção de açúcar no país, também na temporada 2018/19, atingiu 1,163 milhão de toneladas até 15 de novembro, volume 15,29% menor que o de igual de 2017/18. As cotações externas do açúcar também foram influenciadas pelo menor preço do petróleo. Além disso, o dólar mais alto estimula as exportações brasileiras de açúcar, contribuindo para aumentar a oferta no cenário mundial, o que pressiona ainda mais os preços.
Já na última semana de novembro, as cotações do açúcar demerara na Bolsa de Nova York (ICE Futures) apresentaram modesta recuperação, o que pode estar atrelado às indicações de queda na produção de açúcar no Centro-Sul brasileiro, de 26,82% de 1º de abril/18 a 16 de novembro/18 frente ao mesmo período de 2017.
Cálculos do Cepea indicaram que as vendas internas do açúcar remuneraram, em média, 17,42% a mais que as externas em novembro. Esse cálculo considera o valor médio do Indicador CEPEA/ESALQ e do vencimento Março/19 da ICE Futures, prêmio de qualidade estimado em US$ 54,20/tonelada e custos com elevação e frete de US$ 52,85/tonelada.
EXPORTAÇÕES – Segundo a Secex, as exportações de açúcar bruto (VHP) totalizaram 1,72 milhão de toneladas em novembro/18, volume 1% menor que o de outubro/18 e 6% inferior ao de novembro/17. Em relação ao açúcar branco, foram exportadas em novembro 195,4 mil toneladas, volume 1,6% superior ao de outubro/18, mas 47% abaixo do de novembro/17.
O preço médio do açúcar bruto exportado foi de R$ 1.081,7/t em novembro/18, 1,4% maior que outubro/18, porém, 5,5% inferior ao de novembro/17. Em relação ao açúcar branco, o preço médio foi de R$ 1.317,2/t, baixa de 6,4% em relação a outubro/18 e alta de 0,5% em comparação com novembro/17. A receita com a exportação de açúcar foi de R$ 2,12 bilhões em novembro/18, baixas de 0,4% frente a outubro/18 e de18% em relação a novembro/17.