Apesar do período de entressafra da safra 2017/18, a disponibilidade de açúcar disponível no spot tem sido suficiente para atender à demanda, mesmo que boa parte do produto tenha sido comprometida por meio de contratos. Assim, usinas continuam flexíveis nos valores de venda, cedendo à pressão baixista de compradores. Além disso, os preços do açúcar demerara na Bolsa de Nova York (ICE Futures) também têm caído desde o início deste mês, influenciando o comportamento das cotações do cristal no mercado doméstico. Entre 15 e 22 de janeiro, o Indicador do Açúcar Cristal CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 até 180 caiu fortes 5,5%, fechando a segunda, 22, a R$ 58,37/saca de 50 kg.
ETANOL: PREÇO DO HIDRATADO SE ELEVA PELA 18ª SEMANA CONSECUTIVA
O preço do etanol hidratado registra alta pela 18ª semana consecutiva no estado de São Paulo. Isso porque distribuidoras anteciparam os negócios nas primeiras semanas de janeiro e, agora, mostram menor interesse de compra, o que arrefeceu o ritmo de alta nos valores do biocombustível. Os repasses dos aumentos nas cotações nos últimos meses no segmento varejista fizeram com que o etanol hidratado perdesse a competitividade frente à gasolina C, o que também influenciou o menor interesse das distribuidoras. Do lado das usinas, houve baixa presença de vendedores, visto que muitas unidades estão em entressafra. As poucas usinas ativas no spot negociaram a preços menores. De 15 a 19 de janeiro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou a R$ 1,8550/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), ligeiro aumento de 0,18% em relação à semana anterior.
TRIGO: PREÇOS SE ELEVAM NO SUL, MAS REGISTRAM QUEDA NO SUDESTE
Os preços de trigo no Brasil registram comportamentos distintos entre as regiões acompanhadas pelo Cepea. Enquanto no Sul a demanda interna sustenta e/ou valoriza o cereal, no Sudeste, a necessidade de liberar armazéns pressiona as cotações. Por outro lado, na Argentina e nos Estados Unidos os preços do trigo estão em alta. No país vizinho, o impulso vem da demanda exportadora mais ativa, que, inclusive, já vem gerando expectativa de maiores preços do cereal nos principais portos nos próximos meses. Nos Estados Unidos, os valores do trigo estão em alta na CME Group, devido à previsão de clima seco para o sul das Grandes Planícies norte-americanas, região onde é cultivada boa parte da safra de inverno.
BATATA: CHUVAS PREJUDICAM DISPONIBILIDADE NO SUL DO PAÍS
As chuvas que atingiram o Sul do País, principalmente as praças de Guarapuava (PR) e Água Doce (SC), prejudicaram a oferta de batata padrão ágata, cenário que impulsionou os preços. Entre 15 e 19 de janeiro, as cotações subiram 21,4%, fechando a R$ 78,00/sc de 50 kg no dia 19. A expectativa para as próximas semanas ainda é de precipitações em regiões em atividade, o que pode prejudicar novamente a colheita e reduzir a oferta.