Os preços do açúcar cristal branco seguiram em queda no mercado spot paulista ao longo da última semana, com a saca de 50 quilos operando entre R$ 128 e R$ 129. Segundo pesquisadores do Cepea, o predomínio do clima seco no estado de São Paulo tem agilizado a colheita e a produção de açúcar nesta atual safra (2024/25). Por outro lado, cresce a possibilidade de queda na produtividade ainda nesta temporada, devido às más condições dos canaviais que sofrem pela escassez de chuvas. Apesar desse cenário, ao menos no curto prazo, os preços do cristal seguem sem sustentação – a demanda não tem mostrado sinais de recuperação, também conforme pesquisadores do Cepea.
ETANOL: Fraca demanda mantém pressão sobre cotações
Os preços dos etanóis anidro e hidratado tiveram novas quedas no mercado paulista na última semana. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão continua vindo da demanda enfraquecida num cenário de expectativa de baixa nas cotações do biocombustível, tendo em vista o bom desempenho da produção de etanol na região Centro-Sul no acumulado da safra 2024/25. Entre 19 e 23 de agosto, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado foi de R$ 2,5438/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), recuo de 2,07% frente ao intervalo anterior. Para o anidro, a desvalorização foi de 0,44% em igual comparativo, com o Indicador CEPEA/ESALQ a R$ 2,9342/litro (líquido de PIS/Cofins). Pesquisadores explicam ainda que, tradicionalmente, o mês de agosto costuma ser de preços mais baixos por ser considerado período de pico de colheita da cana-de-açúcar no Centro-Sul.
TRIGO: Geadas no Sul deixam produtores em alerta
Geadas ocorridas no Sul do País, sobretudo no Paraná, vêm deixando triticultores em alerta. Segundo pesquisadores do Cepea, por um lado, o fenômeno climático pode contribuir para a implantação da cultura, mas, por outro, pode ser prejudicial às lavouras que estão em fases reprodutivas, tendo em vista que pode afetar o florescimento e a formação de grãos – por enquanto, ainda não há dados oficiais quanto a impactos negativos. No Paraná, a maior parte das lavouras está em fase de floração e de frutificação, com cerca de 28% em maturação, segundo informações da Seab/Deral. No Rio Grande do Sul, 83% estão em germinação e desenvolvimento vegetativo; e 17%; em floração, conforme dados da Emater. Em Santa Catarina, a semeadura foi finalizada, e 97% das lavouras estão em condições boas.