Na sexta-feira, 15, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, fechou a R$ 150,24/saca de 50 kg, novo patamar máximo da série histórica, em termos nominais – nessa segunda-feira, 18, porém, fechou a R$ 149,41/sc, mas ainda com alta acumulada de 4,85% na parcial de outubro. Já em termos reais, ou seja, considerando-se a inflação, o recorde foi verificado no dia 29 de janeiro de 2020, quando o Indicador atingiu R$ 190,90 (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI). Segundo pesquisadores do Cepea, ainda que compradores mostrem resistência em aceitar novas altas nos preços do açúcar cristal no spot do estado de São Paulo, agentes de usinas se mantêm firmes nos valores pedidos por novos lotes.
ETANOL: DEMANDA FIRME MANTÉM COTAÇÕES EM ALTA
Os preços dos etanóis hidratado e anidro seguem em alta no mercado paulista. Entre 11 e 15 de outubro, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado fechou a R$ 3,4292/litro, avanço de 2,64% na comparação com o do período anterior. Para o Indicador CEPEA/ESALQ do anidro, a média foi de R$ 3,9393/litro, elevação de 2,5% no mesmo comparativo. Pesquisadores do Cepea indicam que a demanda um pouco mais aquecida sustentou os valores dos biocombustíveis na semana passada. Além disso, mais usinas paulistas encerraram a moagem de cana-de-açúcar, limitando ainda mais a oferta de etanol no spot.
TRIGO: CHUVA LIMITA TRABALHOS NO RS
Agentes do setor tritícola consultados pelo Cepea seguem com as atenções voltadas à colheita do cereal. Segundo pesquisadores do Cepea, os trabalhos estão avançando no Paraná e começando a ganhar ritmo no Rio Grande do Sul – nos últimos dias, porém, as atividades em algumas regiões do estado gaúcho acabaram sendo limitadas por chuvas. O mercado também está de olho em novas estimativas que reforçam a possibilidade de safra recorde no Brasil. Na semana passada, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reajustou positivamente a produção brasileira frente ao relatório de setembro, para 7,9 milhões de toneladas, 26,4% acima da safra 2020/21.
TOMATE: PREÇOS TÊM LIGEIRA QUEDA, MAS SEGUEM EM PATAMAR ELEVADO
As cotações do tomate salada longa vida 3A tiveram leve recuo nos atacados nos últimos dias, o que pode estar atrelado a problemas de qualidade, de acordo com atacadistas consultados pelo Hortifruti/Cepea. No entanto, apesar da desvalorização, os preços continuam em patamares elevados, ainda sustentados pela baixa oferta. Segundo agentes consultados pelo Hortifruti/Cepea, a maturação dos tomates está lenta, e o número de frutos ainda verdes é grande, o que tem gerado sobras e, consequentemente, quedas nos valores. Entre 11 e 15 de outubro, o preço médio do tomate salada longa vida 3A fechou a R$ 108,33/caixa de 20 kg na Ceagesp, queda de 4,95% frente à média da semana anterior. No Rio de Janeiro (RJ), a desvalorização foi de 0,35%, para R$ 119,32/cx. Em Belo Horizonte (MG), a média foi de R$ 93,93/cx, recuo de 3,66%. Já em Campinas (SP), os preços registraram leve alta, de 1,69%, fechando a R$ 100,00/cx.