O Indicador do açúcar cristal CEPEA/ESALQ para o estado de São Paulo segue em queda, refletindo o período de safra, com média de R$ 61,18/saca de 50 kg em julho. Esse média, que está 15,32% abaixo da de junho/17 e 28,58% inferior à de julho/16, é a menor média mensal desde outubro de 2015 – valores deflacionados pelo IGP-DI de junho/17. O clima seco no estado de São Paulo tem favorecido a colheita de cana e, consequentemente, a produção de açúcar nas usinas, que segue em ritmo acelerado. Além do aumento da oferta, as baixas do demerara no mercado internacional também são determinantes para as cotações internas. De 24 a 31 de julho, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal, cor Icumsa entre 130 e 180, recuou 1,15% fechando a R$ 58,48/saca de 50 kg nessa segunda-feira, 31.
ETANOL: PREÇOS TÊM A MAIOR ALTA DA SAFRA 2017/18
Os preços dos etanóis anidro e hidratado registraram forte alta na última semana frente à anterior, devido à demanda elevada. As valorizações são as maiores registradas nesta temporada 2017/18. O Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou a R$ 1,3632/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins) entre 24 e 28 de julho, elevação de 4,7% frente à semana anterior. Quanto ao anidro, a média foi de R$ 1,5133/litro (sem PIS/Cofins), significativa alta de 7,12% no mesmo comparativo. Conforme pesquisadores do Cepea, a firme demanda das distribuidoras por etanol aumentou expressivamente os volumes negociados no mercado paulista. Esses agentes vinham comprando quantidades bastante pontuais, mesmo com a paridade favorável ao biocombustível em São Paulo. Nesse cenário, usinas que estavam ausentes do mercado spot mostraram interesse em participar das vendas e conseguiram preços maiores.
TRIGO: MENOR OFERTA MUNDIAL EM 2017/18 PODE AFETAR BRASIL
Diante das condições climáticas pouco favoráveis em 2017 em muitas localidades, a disponibilidade de trigo pode diminuir na temporada 2017/18 em diversos países. Nesse cenário, o Brasil, que ocupa a quarta posição dentre os maiores importadores mundiais do cereal, pode ser afetado. Além disso, segundo o Deral/Seab, a produção no Paraná, principal produtor do grão no País, deve diminuir fortes 19%, somando 2,82 milhões de toneladas. Quanto aos valores, conforme pesquisadores do Cepea, as oscilações de preços nos países fornecedores do cereal ao Brasil, combinadas às variações cambiais (Real x dólar), podem impactar os valores do grão e de seus derivados no mercado doméstico.
TOMATE: COM OFERTA ELEVADA, PREÇOS DESPENCAM NO ATACADO
As cotações do tomate caíram significativamente nos principais atacados do País. O maior recuo foi observado no Rio de Janeiro (RJ), onde o 3A teve média de R$ 37,74/cx de 20 kg entre 24 e 28 de julho, desvalorização de 35,09% frente ao período anterior. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, o recuo está atrelado à oferta elevada nas regiões fluminenses de Paty do Alferes e São José de Ubá, e em Venda Nova do Imigrante, no Espírito Santo, que vêm abastecendo a capital do estado. Em São Paulo, o 3A teve média de R$ 44,37/cx (-30,16%) na Ceagesp e de R$ 46,33/cx (-29,55%) em Campinas no período. Em Belo Horizonte (MG), a média foi de R$ 40,50/cx (-19,73%).