O açúcar cristal negociado no mercado paulista segue se valorizando. Nesta semana, a saca de 50 kg do adoçante voltou a ser comercializada na casa dos 69 reais, patamar nominal não era observado desde meados de dezembro/17, quando a maioria das usinas já havia encerrado a moagem da safra 2017/18. Pesquisadores do Cepea indicam a sustentação vem da firmeza de agentes de usinas, que aumentam os valores pedidos pelo cristal, mesmo com a demanda restrita. Na parcial deste mês o Indicador CEPEA/ESALQ (cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista) subiu 4,95%, fechando a R$ 69,15/saca de 50 kg nessa segunda-feira, 26.
ETANOL: PREÇO DO HIDRATADO CAI PELA 6ª SEMANA CONSECUTIVA
Os preços do etanol hidratado caíram no estado de São Paulo pela sexta semana consecutiva e os do anidro, pela quinta. Entre 19 e 23 de novembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado foi de R$ 1,6330/litro, recuo de 0,63% em relação ao período anterior. Para o etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou a R$ 1,8198/litro na semana passada, queda de 1,97% no mesmo comparativo. Segundo pesquisadores do Cepea, as recentes desvalorizações do petróleo motivaram usinas paulistas a aumentarem a oferta de etanol na semana passada. Além disso, algumas unidades que estavam ausentes do mercado voltaram a ofertar o produto no spot. Do lado das distribuidoras, o menor preço do etanol acabou motivando compras no estado de São Paulo, mas não o suficiente para elevar os preços.
TRIGO: FRACA DEMANDA DEIXA NEGOCIAÇÕES EM RITMO LENTO
Diante da demanda enfraquecida, a comercialização de trigo segue lenta no Brasil. Pesquisadores do Cepea indicam que, enquanto compradores se mostram abastecidos com o grão adquirido no início da safra, vendedores ofertam lotes a preços mais elevados. Em relação aos trabalhos de campo, a colheita do cereal no Sul do Brasil está praticamente finalizada. Quanto à Argentina, principal fornecedora de trigo ao País, deve registrar, na atual temporada 2018/19, recordes na produção, na disponibilidade interna (estoques iniciais + produção + importação) e também na exportação. Já os estoques finais da safra argentina devem ser pressionados, justamente devido ao possível incremento nos embarques de trigo – especialmente ao Brasil e a países asiáticos –, cenário que poderia sustentar os preços no médio prazo.
LEITE: CONSUMO RETRAÍDO MANTÉM PREÇO EM QUEDA
Os derivados lácteos seguem em desvalorização nestas últimas semanas de novembro nos atacados de São Paulo. De 19 a 23 de novembro, o preço médio do leite longa vida foi de R$ 2,0531/litro e o do queijo muçarela, de R$ 17,59/kg, com respectivas baixas de 3% e de 1,74%, em relação aos da semana anterior. Segundo pesquisadores do Cepea, a queda dos preços está atrelada ao baixo consumo, à maior produção de leite no campo e à pressão exercida por agentes dos canais de distribuição. Para as próximas semanas, a previsão é de novos recuos nos valores dos dois derivados. Quanto ao leite spot, nesta segunda quinzena de novembro, registra média de R$ 1,0713/litros em São Paulo, 4,4% inferior à da quinzena anterior.