O Indicador do açúcar cristal CEPEA/ESALQ (cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista) permaneceu praticamente estável ao longo da última semana, oscilando muito pouco na casa dos R$ 60,00/saca de 50 kg. O volume de cristal comercializado no spot paulista no período foi ligeiramente maior do que o observado na semana anterior. Segundo agentes de mercado consultados pelo Cepea, a maior parte dos compradores adquire o açúcar no mercado à vista de maneira pontual, não havendo, portanto, demanda por grandes volumes. Por parte das usinas, o etanol mantém a maior rentabilidade, limitando a produção de açúcar, o que tem contribuído para a sustentação dos preços. De 9 a 13 de setembro, a média do Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 60,21/saca de 50 kg no período, queda de 0,9% em relação à da semana anterior (de 2 a 6 de setembro), de R$ 60,79/sc.
ETANOL: OFERTA AUMENTA, MAS PROCURA ELEVADA SUSTENTA VALOR DO HIDRATADO
Mesmo com as necessidades financeiras de algumas usinas – e/ou de abrir espaço nos tanques de armazenagem –, o preço do etanol hidratado permaneceu praticamente estável na última semana no estado de São Paulo. Segundo colaboradores do Cepea, o relativo suporte veio do posicionamento mais firme de outras unidades e da manutenção do interesse comprador. No entanto, o volume de etanol hidratado negociado na semana passada foi 3,5% inferior ao do período anterior. Entre 9 e 13 de setembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou a R$ 1,6941/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), ligeira queda de 0,53% em relação ao da semana anterior. Quanto ao etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 1,8445/litro (sem PIS/Cofins), recuo de 2,3% em relação ao anterior. Na última semana, o volume comercializado desse combustível aumentou de maneira bastante expressiva, com negócios fechados a preços menores na comparação com o período anterior.
TRIGO: PREÇO CAI NO FRONT EXTERNO E SE ENFRAQUECE NO BRASIL
Os preços externos do trigo em grão estão em queda, refletindo a maior disponibilidade do cereal, devido à colheita e ao aumento nos estoques de passagem. Na safra 2019/20, o consumo global pode aumentar, mas a oferta ainda deve superar a demanda. No Brasil, o movimento de alta nas cotações de trigo tem perdido força, influenciado pela colheita no Paraná, que já alcançou 28% da área total do estado. Segundo colaboradores do Cepea, mesmo com poucos lotes de grão de melhor qualidade disponíveis no mercado, as negociações internas se intensificaram. Quanto aos derivados, nem toda valorização da matéria-prima tem chegado aos consumidores finais, mas, aos poucos, esses custos têm sido repassados. Na última semana, alguns moinhos interromperam o processamento, devido ao período de expurgo. Assim, aqueles que não possuíam estoques, especialmente de farelo de trigo, não operaram. De modo geral, os preços oscilaram.
ALFACE: DEMANDA CRESCE E PREÇOS VOLTAM A SUBIR NA CEAGESP
Após várias semanas em baixa, as cotações de todas as variedades de alface voltaram a subir na Ceagesp, apesar do aumento da oferta nas roças nos últimos dias. Segundo colaboradores do Cepea, as valorizações estão atreladas à maior demanda pela folhosa, reflexo das temperaturas elevadas na região de São Paulo. Entre 9 e 13 de setembro, a alface crespa teve preço médio de R$ 11,94/cx com 24 unidades, alta de 21,4% frente ao da semana anterior. O valor da americana, por sua vez, subiu 36,2% no período, para R$ 14,19/cx com 18 unidades na última semana.