As chuvas em novembro atrasaram a produção nas usinas e, consequentemente, diminuíram a oferta do açúcar cristal no mercado spot, de acordo com pesquisadores do Cepea. As unidades processadoras, por sua vez, deram preferência à entrega do produto já contratado. Nesse cenário, a média do Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal (cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista) atingiu R$ 67,74/saca de 50 kg em novembro, a maior média da temporada 2018/19.
ETANOL: MENOR DEMANDA E MAIOR OFERTA PRESSIONAM VALORES EM NOVEMBRO
Os preços dos etanóis hidratado e anidro caíram em novembro, conforme indicam dados do Cepea. A média do Indicador CEPEA/ESALQ para o etanol hidratado das semanas cheias de novembro foi de R$ 1,6433/litro, recuo de quase 8% na comparação com a média das semanas cheias de outubro (R$ 1,7854/litro). No mesmo comparativo, a média do etanol anidro, de R$ 1,8361/litro, foi 6,63% menor que a do mês anterior (R$ 1,9664/litro) – ambos considerando-se apenas o mercado spot. Segundo pesquisadores do Cepea, o interesse das distribuidoras por etanol esteve menor no correr do mês, porque muitas já haviam adquirido o produto anteriormente. Quanto às usinas, as necessidades de “fazer caixa” neste final de safra e de liberar espaço nos tanques resultaram em maior volume ofertado. Somado a isso, as novas quedas nos valores da gasolina A nas refinarias fizeram com que algumas unidades antecipassem os negócios de etanol.
TRIGO: COMERCIALIZAÇÃO ESTÁ EM RITMO LENTO
Os negócios de trigo têm sido limitados pela disparidade entre as cotações pedidas por vendedores e as ofertas por compradores, segundo informações do Cepea. Compradores têm reduzido o ritmo de comercialização, porque muitos devem entrar em férias coletivas nas próximas semanas. Vendedores, por sua vez, baseados no possível aquecimento na demanda pelo cereal de boa qualidade, esperam que os valores se sustentem nos próximos meses. Quanto aos preços, no acumulado de novembro (31 de outubro e 30 de novembro), de acordo com dados do Cepea, as cotações no balcão (valor pago ao produtor) subiram 4,4% no Paraná e 2,4% no Rio Grande do Sul. Já no mercado de lote (negociações entre empresas), os valores recuaram e com força. No Rio Grande do Sul, a queda foi de 16,5%, em São Paulo, de 12,1%, em Santa Catarina, de 10,9% e de 1,7% no Paraná.
BATATA: PREÇOS FECHAM NOVEMBRO EM QUEDA
Na última semana do mês (de 26 a 30 de novembro), a batata padrão ágata especial se desvalorizou no atacado de São Paulo (SP) e em Belo Horizonte (MG), onde foi vendida a R$ 87,17/sc de 50 kg (-7,22%) e a R$ 64,03/sc (-7,39%), respectivamente. Conforme indicam pesquisadores do Cepea, a maior oferta, devido ao início da safra das águas do Paraná, e a qualidade insatisfatória nas regiões em final da temporada de inverno, além da menor demanda no fim de mês pressionaram os valores. A amplitude dos valores foi grande durante a semana: de R$ 30,00 a R$ 120,00/sc. De modo geral, as cotações mais baixas são de batatas do Sul e Cerrado de Minas, que estão miúdas e com pele escura.