O preço médio do açúcar cristal se manteve firme no mercado spot do estado de São Paulo na última semana, na casa dos R$ 77,00/saca de 50 kg. Segundo colaboradores do Cepea, mesmo com a maior produção na atual safra, a prioridade que vem sendo dada às exportações, devido à elevada taxa de câmbio, tem limitado a oferta do adoçante no mercado doméstico, sustentando os preços, especialmente do produto de melhor qualidade (Icumsa 150). Assim, entre 13 e 17 julho, a média do Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, foi de R$ 77,47/saca de 50 kg, elevação de 0,95% em relação à anterior (R$ 76,74/sc). A alta dos preços do açúcar de melhor qualidade no mercado de São Paulo, juntamente com a desvalorização do demerara na Bolsa de Nova York (ICE Futures), fez com que a paridade do mercado interno recuperasse a vantagem sobre o externo. Assim, as vendas domésticas remuneraram 3,34% a mais do que as externas na última semana.
ETANOL: COM MAIOR PROCURA, VOLUME NEGOCIADO DOBRA E COTAÇÕES AUMENTAM
Com o reaquecimento da demanda, o preço do etanol hidratado seguiu em alta na última semana no mercado paulista. O volume negociado e captado pelo Cepea, inclusive, mais que dobrou na comparação com o período anterior (expressiva alta de 108%). Ainda assim, a quantidade comercializada na semana passada permaneceu na sexta colocação dentre os volumes captados desde o começo da temporada 2020/21 no estado de São Paulo. Com isso, entre 13 e 17 de julho, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado combustível foi de R$ 1,6206/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), aumento de 0,65% em relação ao do período anterior. O Indicador CEPEA/ESALQ do etanol anidro subiu ainda mais, 1,26%, a R$ 1,8502/litro (sem PIS/Cofins). Segundo colaboradores do Cepea, do lado das usinas, a participação foi mais efetiva por parte das unidades que precisavam vender, seja por alguma necessidade financeira ou para abrir espaço nos tanques. Neste caso, ressalta-se que o último relatório da Unica (União da Indústria de cana-de-açúcar) apontou que, na segunda quinzena de junho, houve aumento na qualidade da matéria-prima (medida pela concentração de ATR – Açúcar Total Recuperável), de 4,46% na região Centro-Sul e de 6,24% no estado de São Paulo em relação à igual quinzena de 2019. Essa melhora na qualidade compensou, de certa forma, a redução da moagem nos últimos 15 dias de junho.
TRIGO: COTAÇÕES SEGUEM DIREÇÕES OPOSTAS DENTRE AS PRAÇAS ACOMPANHADAS
Os preços do trigo voltaram a subir em muitas regiões acompanhadas pelo Cepea, principalmente no mercado de lotes (negociação entre empresas), mas ainda seguem enfraquecidos em outras. Segundo colaboradores do Cepea, o movimento de alta é sustentado pela baixa oferta doméstica e pela valorização do dólar frente ao Real. Já as quedas são influenciadas por tentativas de alguns vendedores de liquidar os estoques remanescentes da temporada passada (a preços mais baixos). Assim, entre 10 e 17 de julho, as cotações do trigo no mercado de balcão (valor pago ao produtor) recuaram 0,38% em Santa Catarina e 0,06% no Paraná, mas subiram 1,18% no Rio Grande do Sul. No mercado de lotes, os aumentos foram de 1,92% em Santa Catarina, de 0,23% em São Paulo e de 0,11% no Rio Grande do Sul; já no Paraná, os valores recuaram 0,1%. Quanto ao dólar, se valorizou 1,2% no mesmo período, fechando a R$ 5,39 na sexta-feira, 17.
ALFACE: COM MENOR ÁREA, OFERTA DIMINUI E PREÇO SOBE EM SP
Os preços das alfaces subiram em Mogi das Cruzes e em Ibiúna (SP) nos últimos dias, impulsionados pela baixa oferta na roça, que, por sua vez, está atrelada à redução da área alocada à folhosa. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, apesar da produção e da qualidade satisfatórias, alguns produtores relatam problemas com mela, doenças de solo e tamanho dos pés. Com isso, esses agentes priorizam as vendas para os clientes fixos. Além disso, alguns compradores pagaram mais pelos pés, o que contribuiu para a valorização das alfaces. Nesse cenário, o preço médio da crespa comercializada em Mogi das Cruzes entre 13 e 17 de julho foi R$ 14,70/cx com 20 unidades, alta de 11,85% frente ao da semana anterior; em Ibiúna, a média da variedade foi de R$ 10,88/cx com 20 unidades, valorização de 25,57% no mesmo comparativo.