O clima de final de safra não tem alterado significativamente o preço médio e a quantidade do açúcar cristal negociado no mercado spot paulista, e a liquidez, que se enfraqueceu logo no início de novembro, vem se mantendo estável. Nesse contexto, o Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, segue na casa dos R$ 65,00 por saca de 50 kg. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário pode se estender até o final de 2019, uma vez que não se espera um aquecimento na demanda, já que compradores se mostram abastecidos com o recebimento do produto negociado via contrato. Nas usinas, com o final da produção, a oferta deve seguir restrita. De 18 a 22 de novembro, a média do Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 65,59/saca de 50 kg, queda de 0,2% em relação à de 11 a 15 de novembro (R$ 65,73/saca de 50 kg).
ETANOL: COTAÇÕES SOBEM PELA 10ª SEMANA CONSECUTIVA
Os preços dos etanóis anidro e hidratado seguiram em alta no estado de São Paulo pela 10ª semana consecutiva. Segundo colaboradores do Cepea, novos negócios foram fechados para atender à demanda pontual e também à de dezembro. Do lado das usinas, com a alta no preço da gasolina e a finalização da moagem em várias unidades, vendedores seguiram firmes nos valores pedidos. Entre 18 e 22 de novembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado (preço ao produtor) fechou a R$ 1,9064/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), elevação de 1,5% em relação ao da semana anterior. No caso do etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 2,0960/litro (sem PIS/Cofins), aumento de apenas 0,5% na mesma comparação. O Indicador diário ESALQ/BM&Bovespa (etanol hidratado posto Paulínia) fechou com média de R$ 1.967,00/m3 (sem impostos), avanço de 0,72% frente ao da semana anterior.
TRIGO: COLHEITA SE APROXIMA DO FIM E MENOR QUALIDADE SE CONFIRMA NO RS
Com a colheita no Rio Grande do Sul na reta final, agentes de mercado confirmam a queda na produtividade e a baixa oferta de trigo de qualidade no estado. Esse cenário e a valorização do dólar têm elevado as cotações brasileiras do trigo. No entanto, segundo colaboradores do Cepea, compradores não mostram grande necessidade de adquirir o grão no momento – esses agentes afirmam estar abastecidos e boa parte deve interromper os trabalhos em dezembro. Dados da Emater apontam que, até a última quinta-feira, 21, 91% da área do RS havia sido colhida. As atividades se encerraram na região de Santa Rosa, com PH acima de 78 – no entanto, ressalta-se que o PH diminuiu nas últimas áreas colhidas, variando entre 72 e 76, consequência do alto volume de chuvas. Esse problema também foi verificado em Bagé, Santa Maria e Caxias do Sul; em Ijuí, Passo Fundo e Frederico Westphalen, a colheita está na reta final, com produtividade e qualidade comprometidas; já em Erechim e Soledade, a produtividade é boa, mas a qualidade diminuiu. No Paraná, o Deral/Seab indica que 98% da área havia sido colhida até o último dia 18, com 87% das lavouras em boas condições e 13% em condições médias. Em Santa Catarina, a colheita segue avançando e a qualidade do cereal é considerada muito boa, segundo colaboradores do Cepea.
ALFACE: CALOR REDUZ OFERTA DE PRODUTO DE QUALIDADE E PREÇO SOBE
As cotações da alface crespa subiram na região de Mogi das Cruzes (SP) nos últimos dias, refletindo a menor oferta da folhosa de melhor qualidade. Produtores consultados pelo Hortifrúti/Cepea têm reportado queima das bordas das folhas, decorrente das altas temperaturas e dos dias mais nublados. Esse cenário elevou o preço da variedade, mesmo com a redução da demanda na última semana, devido ao feriado do dia 20 (Dia da Consciência Negra). Entre 18 e 22 de novembro, a crespa teve preço médio de R$ 10,61/cx com 20 unidades na praça paulista, valorização de 4,37% frente à média da semana anterior.