Temos acompanhado uma movimentação bem direcional desde o início do ano no mercado de câmbio. O dólar iniciou 2022 cotado a R$5,66 e até o presente momento, a mínima do ano está em R$ 4,62, e muito fluxo estrangeiro entrando no Brasil (em 3 meses o investimento estrangeiro na B3 (SA:B3SA3) tem saldo de R$67 Bilhões). Aqui destaco 3 fatores:
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1) Aumento significante da taxa de juros (até o momento a taxa Selic está em 11,75% ao ano, com mais espaço para altas);
2) Guerra da Rússia x Ucrânia fez investidores irem se posicionar em commodities, pois são os ativos que mais se valorizam durante stress bélico;
3) Entre os países emergentes que disputam esses investimentos estrangeiros, o Brasil está “menos pior” e pagando bem com menos risco, principalmente em Renda Fixa.
Esse dinheiro estrangeiro que está neste momento alocado no país não é um fluxo de qualidade porque, assim que o Federal Reserve (Fed) acelerar o aumento da taxa de juros nos EUA e o rendimento dos Treasuries (os títulos de menor risco do mundo) no seus maiores patamares em anos, irá ocorrer naturalmente um redirecionamento desse fluxo que está aqui, somente com o intuito de ‘especular” para ativos com maiores fundamentos.
Este ano ainda teremos eleições, cujo risco deve começar a entrar no preços dos ativos no 2° semestre. As incertezas devem levar, com isso, o Dólar novamente para a casa dos R$5,00 num médio prazo.
Outro ponto interessante é que aproximadamente 80% dos analistas de câmbio estão projetando o preço da moeda americana a R$3,90, sendo que parte deles são os mesmos que profetizavam o Dólar a R$ 7,00.
Além dos fundamentos citados acima, se você acredita no ditado que “o Dolár foi criado para humilhar os analistas”, comece a Dolarizar seus investimentos JÁ.
Nos vemos nos R$5,00!