O alívio dos sinais de não ataques que surgiram da fronteira russo-ucraniana cumpriram o papel não só de reduzir a volatilidade dos ativos, com também suprimir as reações dos investidores à mais do que forte inflação ao atacado nos EUA, o PPI.
O índice superou todas as projeções dos analistas, ao registrar 1% em janeiro, ante mediana de 0,5% e 0,8%, onde igualmente se projetava uma alta de 0,5%, mantendo ambos os índices anuais em 9,7% e 8,3%.
São respectivamente o terceiro e o segundo maior número da história do índice, que começa em 2009, sendo os maiores as medições dos dois meses anteriores, ou seja, ainda no topo.
O Federal Reserve não tem absolutamente nenhuma razão para continuar a alimentar o fluxo de liquidez, que na verdade nem gera assim tanto efeito mais no fluxo de caixa dos bancos, já se preparando para a retirada dos estímulos.
Além disso, devem retirar toda a sorte de estímulos, em especial pelo atual estado do mercado de trabalho americano, se aproximando novamente do pleno emprego, o que não justifica a manutenção dos cheques federais de auxílio, com baixo critério de cessão como ocorre atualmente.
Portanto repetimos, não adianta entrar num ciclo desesperado de aperto monetário como erroneamente promoveu o Brasil, se não retirar os elementos que geram a inflação atual e tem no governo o maior causador.
No restante da inflação, especialmente a de atacado, a política monetária tem efeito limitado, pois a redução de demanda dificilmente inverte o movimento global em commodities energéticas e o choque de oferta.
Resta agora uma atitude do Fed compatível com o cenário que a instituição alimentou durante anos, com o necessário equilíbrio para não pôr a perder a recuperação da atividade econômica em andamento.
Atenção hoje ao IPC-S no Brasil abaixo das expectativas, aos 0,40%, ante projeções de 0,47%, IPC-Fipe acima das projeções de 0,8%, aos 0,87% e nos EUA, a ata do Fed de suma importância, as vendas ao varejo que devem demonstrar o ciclo de recuperação da atividade econômica americana, assim com produção industrial e estoques.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com o alívio das tensões russo-ucranianas, com foco nos balanços corporativos.
Em Ásia-Pacífico, mercados seguindo as menores tensões geopolíticas e inflação na China abaixo das projeções.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao cobre, prata e minério de ferro.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, com movimento mais fraco, em meio às menores tensões nos balcãs,
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,51%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,1696 / -0,95 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / 0,211%
Dólar / Yen : ¥ 115,70 / 0,052%
Libra / Dólar : US$ 1,36 / 0,222%
Dólar Fut. (1 m) : 5196,97 / -0,77 %
Juros futuros (DI)
DI - Janeiro 23: 12,39 % aa (-0,72%)
DI - Janeiro 24: 11,92 % aa (-1,16%)
DI - Janeiro 26: 11,20 % aa (-1,23%)
DI - Janeiro 27: 11,23 % aa (-1,23%)
Bolsas de valores
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,8156% / 114.828 pontos
Dow Jones: 1,2228% / 34.989 pontos
Nasdaq: 2,5295% / 14.140 pontos
Nikkei: 2,22% / 27.460 pontos
Hang Seng: 1,49% / 24.719 pontos
ASX 200: 1,08% / 7.285 pontos
ABERTURA
DAX: -0,092% / 15398,55 pontos
CAC 40: -0,045% / 6976,82 pontos
FTSE: -0,151% / 7597,43 pontos
Ibovespa Futuros: 0,85% / 114878,00 pontos
S&P 500 Futuros.: -0,20% / 4455,5 pontos
Nasdaq 100 Futuros: 0,036% / 14586,00 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: 0,75% / 110,72 ptos
Petróleo WTI: 0,81% / $92,82
Petróleo Brent: 0,73% / $93,96
Ouro: 0,18% / $1.855,02
Minério de ferro: 0,95% / $144,89
Soja: 0,82% / $1.563,75
Milho: 0,55% / $641,75
Café: 0,46% / $253,65
Açúcar: 0,39% / $18,12