Como usual em períodos de intensa volatilidade, as sessões tanto podem alternar entre positivas e negativas no mesmo dia, quanto em períodos alternados, ou seja, o peso da queda dos mercados ontem, não dita a sessão de hoje.
Sequer foram duas semanas desde a invasão da Ucrânia e o povo e as forças armadas do país continuam a montar uma resistência firme – e indubitavelmente corajosa – contra as forças russas.
Isso tem trazido poucos avanços às tropas de Putin e um número de baixas acima do esperado, além do custo sempre elevado em se manter uma desventura bélica de tais proporções, especialmente ao sofrer as sanções financeiras internacionais.
Não que a resistência ucraniana terá sucesso, dado o peso das forças russas e a falta de apoio militar e logístico do ocidente, daí o fato de Moscou estar colocando as demandas para um cessar fogo na mesa.
Porém, não existem flores para Putin nesta vitória pírrica, afinal, mesmo que consiga que parte de suas demandas sejam cumpridas, como por exemplo a anexação definitiva da Criméia, o custo terá sido em termos financeiros, militares, políticos e sociais muito mais elevado do que Putin talvez estivesse pronto a pagar.
Além disso, nada garante que um novo regime ditatorial, liderado por Moscou seria recebido com facilidade no leste da Ucrânia, podendo passar por uma resistência interna que duraria anos, com custo para ambos os lados.
Por fim, o governo russo deve estar insolvente em breve, dada a falta de acesso de seu Banco Central à liquidez e do país ao mercado internacional, um pesado custo imposto por Putin à sua população.
Nunca haverá vencedores neste conflito.
A pressão de commodites no geral ultrapassa o racional, assim como as pressões na curva de juros, tornando impossível se gerar quaisquer projeções precisas sobre os rumos da inflação e da atividade econômica tanto aqui, quanto no restante do mundo.
Este deveria e deve ser o especial momento de cautela dos Bancos Centrais.
Na agenda hoje o foco é no PIB europeu dentro das expectativas, com alta na produção industrial alemã e na agenda, o IGP-DI de fevereiro, o qual ainda não deve capturar as pressões de commodities no curto prazo, a carta da Anfavea e nos EUA, balança comercial e estoques ao atacado.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com a volatilidade das tensões russo-ucranianas.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, seguindo os fechamentos no ocidente.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao ouro e à prata.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, dada a escalada dos eventos na Ucrânia e a posição da OPEP+.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -2,66%.
Câmbio
dólar à vista : R$ 5,0981 / 0,63 %
Euro /Dólar : US$ 1,09 / 0,166%
Dólar / Iene : ¥ 115,60 / 0,226%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / 0,145%
Dólar Fut. (1 m) : 5123,65 / 0,17 %
Juros futuros (DI)
DI - Janeiro 23: 13,09 % aa (2,35%)
DI - Janeiro 24: 12,81 % aa (1,67%)
DI - Janeiro 26: 12,06 % aa (2,81%)
DI - Janeiro 27: 12,08 % aa (3,16%)
Bolsas de valores
FECHAMENTO
Ibovespa: -2,5161% / 111.594 pontos
Dow Jones: -2,3722% / 32.817 pontos
Nasdaq: -3,6240% / 12.831 pontos
Nikkei: -1,71% / 24.791 pontos
Hang Seng: -1,39% / 20.766 pontos
ASX 200: -0,83% / 6.980 pontos
ABERTURA
DAX: 0,572% / 12908,03 pontos
CAC 40: 1,088% / 6047,33 pontos
FTSE: -0,165% / 6947,99 pontos
Ibovespa Futuros.: -3,10% / 112100,00 pontos
S&P 500 Futuros: 0,08% / 4202 pontos
Nasdaq 100 Futuros: -0,124% / 13309,50 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: 3,57% / 135,53 ptos
Petróleo WTI: 2,09% / $121,90
Petróleo Brent: 1,70% / $125,31
Ouro: 0,38% / $2.005,23
Minério de Ferro: -0,12% / $158,82
Soja: 1,90% / $1.706,00
Milho: -1,53% / $737,75
Café: 0,60% / $225,50
Açúcar: -1,04% / $19,07