Retornamos em meio ao dia do FOMC, a decisão de juros do banco central americano, largamente aguardada em meio aos desafios do cenário atual, o qual inclui a contínua e determinada inflação nos EUA, o aumento de casos de covid-19 e a variante delta e as disputas no congresso americano.
Não há praticamente dúvidas quanto à decisão em si, porém os desafios enfrentados pela autoridade monetária colocam o risco relativamente equilibrado nos dois lados, ainda assim, pendendo mais à inflação.
Os generosos programas de auxílio desemprego têm cobrado seu elevado preço com a ausência de trabalhadores em faixa de renda inclusive que superam o valor oferecido pelo governo.
A chegada do verão forte no hemisfério norte trazia a esperança de uma recuperação econômica mais intensa, porém o problema da mão-de-obra, em especial temporária, atingiu diversos estados, comprometendo até mesmo a capacidade de entrega do mínimo em termos de serviços.
Outro ponto é a contínua falta de uma série de produtos, em especial alimentos, com motivos que variam desde um inverno mais intenso no hemisfério sul e geadas que podem comprometer a oferta de diversos itens, como a formação de estoques novamente acelerada de diversos países como a China e o calor mais intenso no hemisfério norte.
Além disso, o efeito inflacionário dos programas de estímulo não pode obviamente ser desprezado neste momento, dado que ainda não existe sinal concreto de que o Fed e o governo americano devam cortar esta linha de liquidez que estimula também aos mercados.
A ‘cobertura’ deste imbróglio todo vem com a variante Delta e os temores de que o processo de recuperação econômica seja rechaçado pelo aumento de casos da covid-19 e a preocupação de novas ondas pandêmicas.
O verão intenso no hemisfério norte tem gerado uma movimentação humana bastante intensa, que se mostrou ‘eficiente’ na transmissão do novo vírus, dada sua capacidade de reprodução acelerada.
A vacinação ajuda exatamente quem está imunizado, porém não evita a contaminação e retransmissão e nisto reside os temores quanto às projeções de PIB e atividade. Não está fácil ser autoridade monetária neste momento.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, na expectativa pela decisão do FOMC e com balanços.
Em Ásia-Pacífico, mercados em queda, com temores do aumento das regulações das autoridades chinesas sob as techs.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operando positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao cobre e ouro.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, com as reduções de oferta de combustível nos EUA, apesar do aumento de casos de Coronavírus.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -1,96%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,1713 / -0,13 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / -0,068%
Dólar / Yen : ¥ 109,97 / 0,173%
Libra / Dólar : US$ 1,39 / -0,058%
Dólar Fut. (1 m) : 5183,60 / 0,07 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 7,22 % aa (2,56%)
DI - Janeiro 23: 7,64 % aa (0,86%)
DI - Janeiro 25: 8,42 % aa (0,84%)
DI - Janeiro 27: 8,76 % aa (0,69%)
Bolsas de Valores
Fechamento
Ibovespa: -1,1046% / 124.612 pontos
Dow Jones: -0,2441% / 35.059 pontos
Nasdaq: -1,2138% / 14.661 pontos
Nikkei: -1,39% / 27.582 pontos
Hang Seng: 1,54% / 25.474 pontos
ASX 200: -0,70% / 7.379 pontos
Abertura
DAX: 0,210% / 15551,66 pontos
CAC 40: 0,741% / 6580,31 pontos
FTSE: 0,156% / 7007,01 pontos
Ibov. Fut.: -1,10% / 124861,00 pontos
S&P Fut.: -0,446% / 4394,60 pontos
Nasdaq Fut.: 0,084% / 14960,75 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: -0,17% / 95,67 ptos
Petróleo WTI: 0,35% / $71,91
Petróleo Brent: 0,24% / $74,69
Ouro: 0,06% / $1.800,48
Minério de Ferro: 0,22% / $214,99
Soja: -0,33% / $1.413,50
Milho: -0,50% / $546,00
Café: -2,55% / $196,60
Açúcar: 0,22% / $18,39