A reação dos mercados globais continua a ser pautada pela perspectiva de ação do Federal Reserve nos juros americanos e como isso pode impactar tanto na atividade econômica global, como na inflação vigente.
Na sessão de ontem, após um dia volátil, o fechamento no geral foi positivo para as bolsas de valores, num movimento mais próximo de correção, do que tendência, porém, ainda se observa um movimento de fluxo semelhante às semanas anteriores.
Neste sentido, o movimento de busca de emergentes, em especial o Brasil passou por uma breve correção nas últimas sessões, porém não deu sinal de esgotamento, em meio ao cenário de aperto monetário nos EUA.
Muito se discute sobre a dimensão que os mercados emergentes suportariam em termos de aperto, porém o ponto mais importante seria o foco em um possível aumento da velocidade de redução do balanço e não necessariamente do aumento da taxa.
Isso, pois, ao analisarmos os elementos que compõe o forte ciclo ‘frouxo’ do Fed, a maior parte dele se concentrou nos últimos dois anos, com a elevação da compra de Treasuries e de MBS, enquanto a taxa permaneceu nos seus níveis historicamente baixos.
Para avaliar os impactos mais recentes na liquidez, muitos analistas julgam ser mais importante a redução acelerada do balanço, do que a elevação de juros, onde alguns julgam ser possível que os juros subam abaixo da taxa preconizada pelas curvas de juros atualmente.
Tal evento seria de grande importância para o fluxo de capitais para os mercados emergentes como o Brasil, agora entre os preferidos no mundo, dados a série de problemas regulatórios na China, a Rússia na situação atual e a Turquia sendo a Turquia.
Localmente, as atenções se voltam ao IPCA e os impactos que tendem a se dissipar em breve, com a mudança da bandeira tarifaria de energia elétrica e os combustíveis com defasagem negativa em relação aos preços no exterior, incluindo as chuvas que continuam a beneficiar o etanol.
Para a medida de hoje, nossa coleta projetou um resultado abaixo da mediana do mercado, o que tanto pode denotar um problema em alguns itens no nosso sistema, ou uma perspectiva mais dura dos analistas.
Ainda assim, o cume está próximo e pode combinar com o cenário "alternativo" do BC.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com investidores avaliando os planos do Fed.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, apesar do problema da COVID na China.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao ouro e minério de ferro.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, apesar dos planos de aumento da oferta global.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,14%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,7525 / 0,76 %
Euro / Dólar : US$ 1,09 / -0,101%
Dólar / Yen : ¥ 124,09 / 0,105%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / -0,268%
Dólar Fut. (1 m) : 4775,09 / 0,82 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 12,75 % aa (0,28%)
DI - Janeiro 24: 12,16 % aa (0,45%)
DI - Janeiro 26: 11,34 % aa (0,84%)
DI - Janeiro 27: 11,30 % aa (0,85%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,5366% / 118.862 pontos
Dow Jones: 0,2524% / 34.584 pontos
Nasdaq: 0,0611% / 13.897 pontos
Nikkei: 0,36% / 26.986 pontos
Hang Seng: 0,29% / 21.872 pontos
ASX 200: 0,47% / 7.478 pontos
ABERTURA
DAX: 1,101% / 14233,17 pontos
CAC 40: 0,977% / 6524,81 pontos
FTSE: 0,922% / 7621,47 pontos
Ibov. Fut.: 0,48% / 118991,00 pontos
S&P Fut.: 0,12% / 4501,75 pontos
Nasdaq Fut.: 0,236% / 14545,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,41% / 125,43 ptos
Petróleo WTI: 0,62% / $96,63
Petróleo Brent: 0,57% / $101,15
Ouro: 0,03% / $1.933,67
Minério de Ferro: -0,86% / $157,29
Soja: 0,38% / $1.646,75
Milho: -0,43% / $753,25
Café: 0,04% / $226,30
Açúcar: 0,66% / $20,01