A semana de agenda macroeconômica pesada foi relativizada pela divulgação na China de menores restrições aos lockdowns, com a reabertura programada a ser estendida após o que se entende como zero casos em Shanghai.
Ações de empresas de tecnologia se beneficiaram pelos sinais do governo chines e o conjunto Ásia-Pacífico das bolsas teve um desempenho positivo, com o anúncio que inclui a continuidade de investimentos em infraestrutura de forma a incentivar a economia, após o período pesado sem atividade.
Em linha semelhante, Joe Biden e outros líderes mundiais anunciaram um programa de infraestrutura de US$ 600 bilhões com foco na construção de sistemas de saúde e redes de tecnologia da informação e comunicação.
Este contexto dá suporte à uma perspectiva menos pesada me nível global quanto à inflação, afinal ainda não houve alívio das pressões de preços, especialmente os de energia e em tal contexto, os Bancos Centrais de economias desenvolvidas têm um árduo trabalho a fazer, dado o atual cenário.
Como ainda não existe cenário de resolução da invasão da Ucrânia pela Rússia, a percepção de resolução dos eventos catalisadores de inflação está longe e ainda aflige tais economias, em especial os EUA, em meio a um decisivo processo eleitoral, que poda culminar com o fim da dominância democrata em ambas as casas legislativas.
A Rússia tem sido o bode expiatório da inflação nos EUA, porém tal premissa foi rechaçada fortemente pelas declarações de Powell no congresso americano, deixando claro que a pressão de preços é anterior à invasão russa, ao total dissabor dos democratas.
Por falar em russos, o país deu calote na dívida soberana em moeda estrangeira pela primeira vez em mais de 100 anos, pois reservas estrangeiras do banco central do país permanecem congeladas, ou seja, por culpa externa.
A semana é de agenda pesada no Brasil e no exterior, onde se destacam aqui Caged, IGP-M, INCC, desemprego, dados fiscais e balança comercial, enquanto nos EUA, o PIB, com especial destaque ao PCE, inflação de referência do Fed, mercado imobiliário, pedidos de bens duráveis e uma série global de PMI e ISM.
Na Europa, desemprego, CPI e dados de confiança, enquanto na China, PMI.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, à medida que o impulso global positivo continua, com possíveis investimentos em infraestrutura.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com os investidores avaliando os temores de inflação e recessão e com resposta positiva à reabertura na China.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro, prata e paládio.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, apesar das conversas com o Irã.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 3,93%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2428 / 0,06 %
Euro / Dólar : US$ 1,06 / 0,246%
Dólar / Yen : ¥ 135,16 / -0,059%
Libra / Dólar : US$ 1,23 / 0,082%
Dólar Fut. (1 m) : 5271,69 / 0,58 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,72 % aa (0,90%)
DI - Janeiro 24: 13,25 % aa (2,00%)
DI - Janeiro 26: 12,43 % aa (2,43%)
DI - Janeiro 27: 12,46 % aa (2,30%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,6035% / 98.672 pontos
Dow Jones: 2,6838% / 31.501 pontos
Nasdaq: 3,3424% / 11.608 pontos
Nikkei: 1,43% / 26.871 pontos
Hang Seng: 2,35% / 22.230 pontos
ASX 200: 1,93% / 6.706 pontos
ABERTURA
DAX: 0,828% / 13226,77 pontos
CAC 40: 0,086% / 6078,59 pontos
FTSE: 0,588% / 7251,20 pontos
Ibov. Fut.: 0,63% / 100370,00 pontos
S&P Fut.: 0,32% / 3928,75 pontos
Nasdaq Fut.: 0,476% / 12196,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,01% / 121,33 ptos
Petróleo WTI: 0,11% / $107,74
Petróleo Brent: 0,34% / $113,51
Ouro: 0,61% / $1.838,26
Minério de Ferro: 5,14% / $120,00
Soja: 0,62% / $1.620,75
Milho: -1,00% / $742,75
Café: 1,15% / $229,20
Açúcar: 0,38% / $18,44