A inflação é o desafio da semana, com a observação de diversos índices no Brasil, além do CPI nos EUA e na China, o PPI e CPI, todos com expectativa de retorno de pressões inflacionárias, mesmo com o movimento errático das commodities no período.
No IPCA, acompanhamos com as coletas mais recentes, um processo de retorno da inflação, desde os índices negativos de setembro, com especial foco na ausência de cortes nos combustíveis e uma inflação mais intensa em alimentos.
Neste interim, porém, observamos que após a coleta do fechamento do mês, no dia 28, parte destes indicadores perderam força e a tendência para a leitura do IPCA-15 e de outros índices semanais, como o IPC-S e o IPC-Fipe esta semana é de menor pressão, reservando espaço para a sazonal pressão de preços de dezembro.
Já nos EUA, apesar de uma pressão menor projetada na inflação subjacente, o índice cheio continua a projetar um cenário muito ruim para a economia americana e às decisões de política monetária e no atual contexto, isso não afeta somente a questão econômica.
Amanhã, são as eleições de meio de mandato nos EUA e esta inflação tem sido um importante contraponto aos democratas, dado que todas as ações mais recentes por parte do governo Biden falharam em surtir efeito, como o ato Anti-Inflação, o derrame dos estoques reguladores de gasolina, entre outros.
Ainda assim, o grande influenciador da pressão inflacionária, especialmente no mercado de trabalho continua a ser a série de estímulos, como os auxílios desemprego federais e estaduais, mantidos até agora como arma eleitoral.
É possível que o fim das eleições tenda a trazer algum alento na retirada de tais estímulos, facilitando o trabalho no FOMC no combate à inflação.
Na China, a expectativa continua de uma sinalização do fim da política de COVID-Zero e crescem as especulações, ainda que as autoridades de saúde nacionais não confirmem tais boatos, que não alimentados por diversas ações isoladas de governos regionais, aliviando as restrições sanitárias.
A agenda se completa no Brasil com atividade econômica e dados de vendas ao varejo, pesquisa de serviços, IGP-DI e uma serie de dados de atividade na Europa.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa dados de inflação e as eleições de midterm nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, após especulações do fim da política de COVID-Zero na China, mesmo com a primeira queda nas exportações chinesas em 2 anos e meio.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceto o cobre.
O petróleo cai em Londres e em Nova York, com expectativa de menor demanda chinesa da commodity.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 3,54%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,0607 / -1,09 %
Euro / Dólar : US$ 1,00 / 0,331%
Dólar / Yen : ¥ 146,49 / -0,089%
Libra / Dólar : US$ 1,15 / 0,747%
Dólar Fut. (1 m) : 5050,37 / -1,80 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,67 % aa (0,11%)
DI - Janeiro 24: 12,94 % aa (-0,27%)
DI - Janeiro 26: 11,52 % aa (-0,30%)
DI - Janeiro 27: 11,47 % aa (-0,48%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,0771% / 118.156 pontos
Dow Jones: 1,2561% / 32.403 pontos
Nasdaq: 1,2792% / 10.475 pontos
Nikkei: 1,21% / 27.528 pontos
Hang Seng: 2,69% / 16.596 pontos
ASX 200: 0,60% / 6.934 pontos
ABERTURA
DAX: 0,687% / 13552,27 pontos
CAC 40: -0,048% / 6413,38 pontos
FTSE: -0,108% / 7326,93 pontos
Ibov. Fut.: 0,89% / 119522,00 pontos
S&P Fut.: 0,28% / 3790 pontos
Nasdaq Fut.: 0,248% / 10917,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,65% / 118,26 ptos
Petróleo WTI: -0,35% / $92,29
Petróleo Brent: -0,24% / $98,33
Ouro: -0,13% / $1.679,56
Minério de Ferro: 0,52% / $86,40
Soja: -0,45% / $1.445,00
Milho: -0,29% / $678,75
Café: -1,22% / $173,55
Açúcar: -1,50% / $18,43